Sunday, October 23, 2005

A Grande Falha do Orçamento

Para grande pena minha, estou aqui, uma vez mais, para criticar a falta de seriedade dos decisores da nossa praça.
Estou a falar do Orçamento que foi apresentado esta semana pelo ministro Teixeira dos Santos.
Quando o ouvi utilizar expressões como:
Vamos reduzir o peso da máquina estatal na economia nacional.”
ou,
Vamos reduzir a despesa no estado.”
ou ainda,
O incumprimento fiscal será severamente punido.”
pensei...
Perdoai-lhes Senhor, pois eles não sabem o que fazem.”
Ainda pensei que os economistas chamassem a atenção para a política fundamental que permaneceu omissa neste orçamento, mas ao afirmarem que este é um orçamento sério, questiono-me sobre até que ponto são os nossos economistas, conhecedores dos verdadeiros problemas nacionais.
Penso que a grande falha neste orçamento para 2006 e nos outros que o antecederam, situou-se ao nível da roupa interior feminina, a dita Lingeréé.
Porquê a lingerie? pergunta o leitor atento.
Porque apenas com três palavrinhas unidas, se escreve a chave para todos os problemas de auto-estima do nosso belo país.
A Resposta para os problemas deste país é o.... Cinto-de-Ligas
Penso que a imediata introdução do Cinto-de-Ligas como peça obrigatória no vestuário feminino seria uma autentica bomba atómica para a melhoria da auto-estima portuguesa.
Porquê?
1º) Porque as mulheres sentir-se-iam mais poderosas em relação ao sexo oposto, o que aumentaria a sua auto-valorização.
2º) Porque os homens, como seres simples de fantasias medievais que são, ficariam eternamente agradecidos ao Governo em funções.
Num pequeno aparte explicarei às leitoras O porquê da fantasia medieval?
Porque todos nós, como espécimens românticos que somos, temos o sonho de personificar um cavaleiro da Idade Média que vai em auxílio de uma noviça aristocrata (ou para o caso uma lavadeira da plebe também serve). No entanto, a parte do salvamento será um mero contexto à parte da fantasia que realmente interessa. Essa será, quando a mesma noviça aristocrata (ou lavadeira da plebe), refeita do susto de ter estado aprisionada por malfeitores, se revela bastante travessa e procura dar uma lição de amor medieval ao seu salvador.
Bem, voltanto aos efeitos práticos que esta medida teria na sociedade portuguesa, parece-me que todos ganharíamos com ela, até a outros níveis. (excepção feita a Vitor Baía, José Carlos Malato, Carlos Castro, Herman José, Paulo Portas, Esquadrão G etc., que ficariam absolutamente na mesma com esta lei)
Vamos lá ver então, alguns exemplos que elucidem a utilidade do Cinto-de-Ligas.
Em relação à saúde...
Não tenho dúvidas de que os portugueses se tornariam mais saudáveis pois, como sabemos, os instintos sexuais são fundamentais para o bom funcionamento do sistema cardíaco-vascular (os problemas cardio-vasculares são a maior causa de morte em Portugal). Aliás, li algures que se um homem olhar em média 10 minutos por dia, para os seios de uma mulher, verá a sua esperança de vida aumentar 5 anos.
Assim sendo, está aqui dada a explicação para todas as mulheres que acharam que o Arranha andava a ter uma conduta algo tarada no último mês e meio (ando compensar o tempo de vida durante o qual não tive em meu poder esta informação, de forma a perfazer a tal média de 10 minutos por dia). Não o faço, neste caso, por ter uma mente lasciva (algo que tenho), mas sim pelo bom funcionamento do coração.
Outro exemplo, seria em relação à educação...
O Cinto-de-Ligas é um grande incentivo à assiduidade escolar. Digo isto, por me ter lembrado da minha própria experiência em relação às aulas de Físicóó-Química (corria o ano de 1994), em que a professora era uma acérrima adepta do Cinto-de-Ligas. Como é óbvio, o Arranha podia estar com 50 graus de febre e uma perna partida, que não seria por isso que iria faltar a uma aula.
Em suma, penso que todas as áreas da sociedade (Turismo, Justiça, Finanças, etc...) sofreriam um claro beneficio com esta simples medida, no entanto ela não é tomada.
Porquê? Pergunta o Arranha.
É a omissão destas medidas que fazem o Arranha pensar numa possível candidatura presidencial.
Será algo a reflectir.

CDU is back for good

Quem não se lembra dessa bela música dos Take That (Os Toma lá, em português). Se isto não é ironia do destino, então não sei o que é... pois eu não encontraria uma expressão melhor que “Toma lá!” para o que a CDU tem feito aos analistas políticos.
Depois da emancipação da mulher no século XX, temos a ressurreição da CDU no século XXI.
Ainda me lembro quando todos os analistas vaticinavam que a CDU estava perto do fim e que quando Carvalhas saísse não haveria ninguém à altura de liderar e revitalizar este partido decadente.
Pois bem, enganaram-se. O Jerónimo veio e veio com a “pica” toda.
Ele baila como ninguém...
Ele discursa com lágrimas nos olhos...
Ele fica sem voz quando vai a debates...
Ele é o Jerónimo.
E é esperto que se farta.
Jerónimo de Sousa percebeu, e muito bem, que não há português que não fique “derretido” por um coitadinho, sensível e dançante. E assim foi.
Mais! Ele descobriu e resolveu o grande problema que assolava as hostes comunistas há anos.
Um problema de fundo que, até agora, nenhum outro dirigente de esquerda soube resolver.
Esse problema era a famosa... Indumentária de Esquerda.
Como é do conhecimento público, os recentes líderes da CDU tinham um problema muito grave no que é respeite às suas vestes. Eram reféns do cor-de-terra-rica-em-ferro, do cor-de-merda, do verde-esparregado e do vermelho-ferrugem, por acharem que dessa forma, o seu eleitorado se reveria neles. Essa idealogia "roupística" revelou-se errada e o grande líder, Jerónimo, compreendendo que essa ideologia estaria a levar CDU para um caminho sem retorno, tomou o pulso à situação e resolveu-a.
Hoje em dia, olhem para eles. Até parece que levaram com o Esquadrão G pela sede adentro.
Aliás, sei de fonte segura que num dos seus discursos aos militantes comunistas, Jerónimo de Sousa proferiu:
A partir de agora camaradas, quero ver tudo de camisinha azul do Rosa e Teixeira, gravatinha da Façonnable e fato Ermenegildo Zegna. Se quiserem continuar a andar todos maltrapilhos, serão expulsos do partido. Os tempos da esquerda cor-de-merda acabaram! Começou a era da esquerda metrosexual!”
Seguiu-se um forte aplauso. Aliás, sabemos que esta medida já tinha sido proposta anteriormente por João Amaral (o 1º metrosexual comunista) mas a “militância cor-de-merda” levou sempre a melhor.
Pois é meus amigos, esta é a grande razão para a subida da CDU nas recentes idas às urnas.
Vivemos em tempos onde não há um analista político que faça o seu trabalho como deve ser. Assim sendo, tem de ser o Arranha a repor a verdade na praça pública.

A Emplastra

Dada a pouca tiragem de algumas revistas cor-de-rosa em que Vicky Fernandes parasitava, esta assumiu novas funções como emplastra de Carmona Rodrigues.
Bem preparada, Vicky Fernandes fez um excelente trabalho na sua estreia como emplastra, ocorrida aquando das comemorações da vitória eleitoral.

Pedido de desculpas

O Arranha vem por este meio, fazer um exame à sua consciência patriótica. O cidadão Arranha negou um direito adquirido a um seu semelhante cidadão português, que na altura o Arranha denominou de Filho da P....
O Arranha foi autor do triste acto de buzinar furiosamente quando o cidadão-condutor, que se encontrava à sua frente, travou para a usufruir de um dos seus direitos fundamentais como português. O direito ao correcto e demorado vislumbre de qualquer acidente rodoviário.

As mais sinceras desculpas,
Arranha

Thursday, October 20, 2005

O Arranha hoje está básico, nº1

Como o Arranha está cansado, vai levar avante uma tarefa que exige pouco dispêndio de energia cerebral e dará a conhecer um pouco de si aos leitores.
Esta tarefa é consiste na pura e simples tradução de nomes de bandas ou álbuns que o Arranha possui na sua discografia. Será também um exercício de descoberta do nome original das bandas
- Raiva contra a máquina
- Pedras Rolantes
- Cabeça de Radio
- Gelatina de Pérola
- A Escolha do K
- Biscoito Coucho
- Dia Verde
- Super-Relva
- Tom Espera
- Nick Caverna e as Más Sementes
- A Prenda
- Prodígio
- Recife
- Parte-Boca
- Os Lutadores de Foo
- O Feio Puto Joe
- Vivo
- Jardim do Som
- Pilotos do Templo da Pedra
- Fé Mais Não
- Abóboras Esmagadas
- Lixo
- As Portas
- Dias do Novo
- Criminosos que Adoram Divertir-se
- G. Amor e o Molho Especial
- Os Reis da Conveniência
- Arbusto
- Ar
- Alice Com Correntes
- Rapaz Mal Desenhado
- Melão Cego
- Toca-Frio
- São Germano
- As Gabardines

Enfim, aqui ficam alguns dos discos do Pequeno Arranha. Fica desde já aqui a promessa de uma recompensa de 5 euros a quem conseguir dar a chave completa de originais a todos estes nomes.
Divirtam-se...

Design Italiano

Há muitas coisas nesta vida que me irritam. Uma delas é o estatuto atingido pelo design italiano, na sociedade actual.
Seja na roupa, móveis, carros, candeeiros ou retretes, enfim... tudo é uma maravilha desde que seja de design italiano.
O termo de design italiano é referido repetidamente como um carimbo de qualidade, gosto e sofisticação.
Como óbvio, isto só enganará a quem nunca tenha ido a Itália ou privado com a estética italiana. Aliás, em relação à, igualmente famosa, estética das italianas, devo afirmar que durante a minha estadia em Itália, a contagem de mulheres bonitas reduziu-se à unidade, sendo essa unidade de ascendência brasileira. Desta feita, nessa viagem foram dissipadas todas e quaisquer dúvidas que pairavam sobre a teoria formulada pelo Arranha acerca das mulheres italianas. Esta teoria defende que todas as mulheres bonitas de nacionalidade italiana estão retidas em cativeiro nos estúdios da RAI , ou seja, ninguém as consegue ver mescladas na comunidade.
Bem, voltando à admiração do português pelo design italiano.
Esta admiração pelo desenhadores italianos faz com nos sejam impingidos objectos de gosto altamente duvidoso.
Pensei nisto ao ouvir o novo anúncio da Staples Office Center, onde aparece o José Pedro Gomes a fazer um sotaque francês, afirmando que a nova linha de escritório é excelente porque tem design italiano (Ainda hei-de perceber a lógica entre a pronúncia francesa e o design italiano).
Assim sendo, coloco no ar a questão:
- E se agora o Arranha começasse a desenhar móveis (algo que é sua a verdadeira vocação) e os chamasse de Colecção Pequeno Arranha. Será que eles fariam sucesso?
Penso que estariam de acordo comigo que ninguém olharia para eles duas vezes. Por outro lado, tenho a certeza de que se os mesmos móveis fossem da linha do proeminente designer italiano Piccollo Arranhi, já seriam um êxito extrondoso.
Pois é meus amigos, é para vos alertar sobre estas coisas que Deus, o Fernando e a Manuela puseram o Arranhiço no mundo.
Dou-vos já outro exemplo acerca desta temática, mas primeiro deixem-me beber um golo de água...
- Glup, glup, glup (nem acredito que o leitor se sujeita a isto)
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Vamos lá a isto!
O exemplo de que vos quero falar e que, a meu ver, revela de forma gritante a pertinência desta dissertação é a marca de roupa Giovanni Galli. Sendo eu, um ser da espécie humana que já percorreu com o olhar a montra da loja em questão, estou numa posição priveligiada para afirmar que o mau gosto impera. As colecções apresentadas por esta marca tem como público alvo os meninos “betinhos” que não têm dinheiro para comprar roupa na Gant, Wesley, etc... Ora bem, porque é que esta marca vai sobrevivendo? Pelo seu design italiano.
O mais triste desta história é que toda a gente deveria conhecer o sr. Giovanni Galli, mas não o conhecem.... Sendo assim, o Arranha vai alterar dramaticamente o grau cultural do comum português ao dizer quem é Giovanni Galli (se repetirem esta curiosidade de cultura geral em eventos sociais, farão um figurão) .
O Giovanni Galli é um ex-guarda redes da selecção italiana de futebol, como podem comprovar os leitores que tenham na sua posse caderneta de cromos alusiva ao México’86 (O Arranha ainda está a ver se a acaba). Este excelente guarda-redes de indubitáveis reflexos passou, nos seus tempos de glória (anos 80), por clubes como AS Roma, Inter e Nápoles.
Pois é meus amigos, toda uma parcela da populaça portuguesa anda vestida com roupa desenhada por um guarda-redes italiano reformado.
Estão espantados não é, caros leitores... a verdade custa e nem sempre é bonita... mas o Arranha está aqui...em nome da verdade... em nome de Portugal.
E é em nome de Portugal que deixo aqui um sincero voto de confiança no Design Português. Por isso amigos, temos de começar a valorizar o que é nosso. E essa atitude passa por:
a) vestir roupas desenhadas por portugueses;
b) conduzir carros desenhados por portugueses;
c) rechear a casa com móveis desenhados por portugueses;
d) fazer o amor iluminados por candeeiros desenhados por portugueses e finalmente;
e) obrar em retretes desenhadas por portugueses.


P.S. Depois de ir à Exposição da IdeiaCasa na FIL e vislumbrar a casa ideal decorada pela fina-flor dos designers de interiores portugueses (“Perdoai-lhes Senhor, pois eles não sabem o que fazem”), retiro tudo o que disse anteriormente sobre o design italiano. Pior que aquela casa é impossível!
Deixo igualmente um pedido a todos os designers de interiores do resto mundo, mas em especial aos afegãos...
- Ajudem-nos!

Sunday, October 16, 2005

O lenço branco, peça fundamental do vestuário actual.

Há quem diga que o futebol é um espectáculo que induz à má criação, palavrões e outras merdas que tal.
Discordo totalmente.
Aliás, na presente época, parece-me que o futebol está pronto para ser integrado, como espectáculo cultural, no circuito gay de actividades culturais.
Basta olharmos para a bela imagem de um estádio de futebol cheio de homens feitos a abanarem o lencinho branco para cima e para baixo.
Que coisa mais amaricada, meus amigos...
Por outro lado, parece-me que é a organização e assimilação destas pequenas mariquices, que perfaz essa bela coisa de seu nome....Educação.
E é tendo em vista a educação, que não tenho dúvidas de que será preferível um abanar de lençinho branco à escolha de bonitas expressões como:
“Ó Peseiro vai pró car..., meu filho da p...”
ou
“Despede-te, meu cab..”
Tenho a certeza que a Prof. Dra. Parasita Paula Bobone estará de acordo comigo.
Dito isto, parece-me que o lencinho branco é um excelente veículo para pessoas que queiram expressar o seu descontentamento, salvaguardando o seu status educativo. Ou seja, é uma tomada de atitude forte, ressalvada pela classe demonstrada pelo lenço. Bem ao estilo da “estalada de luva branca”.
Após esta reflexão decidi levar avante a difusão do lencinho branco e de toda a sua simbologia para outras áreas, ligando desse modo o “abanar do lencinho” a todas as esferas da sociedade.
Primeiro, vamos ao trânsito. Parece-me que em vez do tradicional manguito, rude e ofensivo, poder-se-ia usar o lencinho branco como sinal de descontentamento pela manobra mal feita.
Depois, nas discussões do dia-a-dia. Imaginemos por exemplo a situação de quando num restaurante demoram demasiado tempo para trazer os alimentos... Bastará pormo-nos de lencinho no ar e o aviso estará feito. Deste modo, não será necessário o amplo gesto braçal complementado pelo “Pssst!”, ou pelo “Olhe, se faz favor!” ou ainda pelo “Desculpe lá!”.
Ainda nesta temática, devo-vos dizer que no outro dia o Arranha procurou implementar esta lógica do “lencinho” no mundo das idas ao cinema, pois estava descontente com a qualidade da película. No entanto, aquando da execução do gesto de descontentamento, o Arranha esqueceu-se que “o abanar do lençinho branco” iria inibir visualmente a pessoa que estava sentada imediatamente atrás.
Algo que não voltará a acontecer, garante-vos o próprio Arranha... pois nesta situação teve a malapata de inibir a visão a um indivíduo de nacionalidade Moçambicana e 2m de altura que se prontificou a inanimar com um pujante soquete o “pequeno abanador de lencinho” de nome Arranha.
Esquecendo este percalço, outra excelente ocasião e que aconselho particularmente a todos os alunos da professora de Geografia do 7ºano (no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho), de seu nome Palmira, será o abanar do lencinho como forma de chamada de atenção para o tédio da aula em curso.
Enfim, parece-me esta história do lencinho branco é importante para a correcta e educada libertação do nosso descontentamento, e como sabemos, pelo recente estudo efectuado pela Universidade Nova, o estado de descontentamento representa 94% do tempo de vida do português. Daí que pense que o lenço branco poderá ocupar um lugar de destaque na sociedade portuguesa, ao tornar unitário e simples o modo de exprimir o tão popular descontentamento.
Por isso, e concluindo meus amigos, toca a munir os vossos bolsos de lencinhos brancos.

Fantochada
Não é para me armar, mas nunca levei a sério Co Addriense (não sei se está bem escrito).
Digo isto porque sempre achei que ele era daqueles que, quando está para haver traulitada, diz:
"Não me agarrem, que eu vou-me a ele." Mas ninguém o está agarrar.
O episódio dos lenços brancos é absolutamente fenomenal.
Quem não se lembra do seu ar grave e altivo a afirmar:
"Se me quiserem daqui para fora é só tirarem os lenços do bolso. Façam isso que eu faço as malas."
Ora bem, os adeptos do Porto como bons entendedores assim o fizeram.
E o que fez Co Addriense a seguir:
"Não me lembro disso."
É extraordinário ver um homem de 58 anos, que se diz disciplinador, inflexível e de personalidade forte... fazer estas figuras.
Ainda bem que vieste para cá ajudar o futebol português, pois desde o Batatoon que não tínhamos um palhaço tão talentoso.

Inacreditável
A continuidade de José Peseiro como treinador do Sporting.
Podia estar horas a fundamentar, mas penso que isto chegou a um estado tal, que essa tarefa seria um mero exercício de escoamento de raiva.
Por outro lado, devo-lhe alguma admiração pois conseguiu atingir um novo expoente de impopularidade, e penso que falo em nome de todos sportinguistas quando digo que neste momento até o Batatoon seria um treinador mais gostado no seio das hostes leoninas.
Penso que tal feito na área da impopularidade, merece atenção por parte do Guiness. Parabéns Peseiro

Scolari! Amigo! o Arranha está contigo!

Venho por este meio insurgir-me contra todas as vozes anti-Scolari.
Não penso que Scolari faz tudo bem, mas sou da opinião de que ele normalmente erra quando cede às pressões de comentadores, adeptos e jogadores.
Vamos às situações em que Scolari errou.
- Os jogos contra a Grécia no Europeu.
E porque é que errou?
Porque devia ter tirado o Figo logo no principio da segunda parte (em qualquer um dos jogos). A fundamentação para esta opção prende-se com o facto de Figo, apesar de ser um grande jogador, sofrer de uma pseudo-elevação de estatuto em relação aos colegas, o que faz com que Figo queira assumir um protagonismo exagerado quando a equipa está em dificuldades. Em ambos os jogos contra a Grécia deu-se esta situação e estivemos todos defronte do televisor a observar o belo espectáculo de Figo a tentar fintar metade da equipa adversária. Como é óbvio perdia sempre a bola.
Tenho a certeza de que se fosse Cristiano Ronaldo a fazer o mesmo, diriam “O puto quer fazer tudo sozinho” mas sendo Figo, dizem “Ele está a tentar pegar no jogo”.
Scolari percebeu e viu como isso estava a desequilibrar a equipa (pois ficava sem médio-ala, para passar a ter dois jogadores a contruir jogo no meio (Deco e Figo)) contra a Inglaterra, substituindo Figo. Figo armou-se vedeta, o que demonstra exactamente que ele acha que tem um estatuto especial em campo. Viu-se o resultado, Portugal ganhou.
No jogo seguinte (contra a Holanda), Figo voltou a jogar para a equipa e fez uma das melhores exibições da sua carreira internacional. O problema é que depois dessa grande exibição, voltou à bandalheira de achar que resolve tudo e aí Scolari não teve “tomates” para o tirar como o tinha feito contra a Inglaterra.
Outro erro em relação a estes jogos, foi o de Scolari ter posto a jogar Rui Costa na final. A meu ver, um jogador que perturba o ambiente no dia anterior a um jogo daquela importância, da maneira como ele o fez (ao anunciar publicamente a decisão de que se ia retirar após o jogo da final), nunca deveria ser sequer convocado para a final.
Mudando de assunto, vamos agora às críticas lhe dirigem os comentadores e jornalistas.
Primeiro, toda a gente lhe caiu em cima por ele não ter aproveitado a estrutura do Porto no primeiro jogo contra a Grécia no Europeu. Penso que a maior demonstração de que a resposta não estava aí foi a nossa derrota na final, quando se jogou com essa mesma estrutura. Até porque ninguém dúvida que Fernando Couto, Paulo Ferreira, Rui Costa e Simão Sabrosa são bons jogadores e opções perfeitamente válidas (foram estes os jogadores que saíram da equipa, após o primeiro jogo contra a Grécia)
Em relação à fase de qualificação para o Mundial 2006, é típico do português preocupar-se com o que é menos importante. É isso que fazemos no dia-a-dia e é talvez por isso damos tanta importância à novela do futebol. Alguém se vai lembrar se Portugal jogou bem ou mal na qualificação? A resposta é não. O que interessa é estarmos qualificados mas, mais uma vez, vejo muita gente a pedir a cabeça do treinador. É triste ver a maneira como este país se rebaixa ao ponto de dizer que quer Mourinho a treinar a equipa no Mundial. É de uma total falta de valores, ética e sei lá mais o quê.
Para além disso, não nos devemos esquecer do pequeno pormenor de que Scolari foi campeão do mundo à 4 anos, sob uma enorme nuvem de contestação. Felizmente para o Brasil, alguém teve a inteligência de não o substituir.
Scolari é um dos poucos brasileiros de que gosto, pois diz o que pensa e faz o que diz.
É um homem que não liga a jornalistas, comentadores e outros que tais que de futebol percebem pouco. Se quem estivesse nas chefias ligasse duas vezes ao que estas pessoas dizem, Trapattoni nunca teria acabado a época no Benfica.
É absolutamente ridículo ver a fundamentação para as críticas a Scolari.
Primeiro, se a selecção fosse uma mera escolha decorrente das opiniões de adeptos e opções dos treinadores dos clubes, não seria preciso seleccionador. Seria feita uma sondagem e pronto.
Depois, parece que as pessoas não querem perceber as suas escolhas. Scolari já se cansou de explicar que faz as suas escolhas de acordo com a sua metodologia e que essa metodologia passa pela obtenção de um grupo coeso e rotinado de forma a funcionar como uma equipa, e se há coisa que ficou provada no último Europeu e no presente futebol de clubes (com o exemplo do Chelsea) é que quem ganha são as equipas e não as individualidades.
A opção de Ricardo
A opção de Ricardo parece-me perfeitamente legítima, é um jogador que na selecção nunca comprometeu ao contrário de outros. É um jogador que em determinadas alturas foi mais decisivo do que muitos outros, como no jogo contra Inglaterra. É completamente inacreditável como o tentam aniquilar na selecção e como exemplo dou o passado jogo contra o Liechenstein, em que o golo sofrido foi claramente uma falha de Paulo Ferreira. No entanto, quase toda a gente o implicou ao Ricardo.
Aliás, se fossemos tão inflexíveis com Paulo Ferreira (um excelente lateral) como somos com Ricardo, este jamais deveria pôr os pés na selecção. Caso não se lembrem foi ele que deu o golo a Karagounis no primeiro jogo contra a Grécia e voltou a jogar na final em que perdemos, por isso se calhar foi por causa dele que perdemos (obviamente que não, estou apenas a fazer apenas o papel triste que muitos comentadores fazem).
A opção por suplentes
Penso que a opção por suplentes de clubes é perfeitamente legítima e sempre foi feito por todos os técnicos que estiveram na selecção. Apenas é trazida à baila como assunto a discutir, por este brasileiro ter trazido seriedade às selecções e deixado algumas “vacas sagradas” de fora (Quem não lembra da palhaçada que foi a participação portuguesa no último mundial).
Quando Rui Costa era suplente do Milão, estando semanas sem jogar, alguém duvidava da sua convocatória?
Ou Fernando Couto, que era suplente do Lázio?
Ou mesmo Ricardo Carvalho, que esta época foi suplente até à poucas semanas no Chelsea?
Ou Maniche, que umas vezes joga, outras não no Dínamo de Moscovo?
Ou Hélder Postiga?
Enfim são tantos os exemplos que não são falados que é por e simplesmente rídiculo andar-se a falar dos guarda-redes.
A não convocação de Baía
Não tenho muito a dizer sobre isto a não ser que concordo plenamente com Scolari.
Aliás, gostava que me apontassem algum jogo importante da selecção em que Baía tivesse feito a diferença. Eu não encontrei nenhum.

Saturday, October 15, 2005

Críticos de cinema

Estes personagens fazem parte de um segmento da sociedade que eu denomino de masturbadores intelectuais e são hoje alvo da atenção do Arranha.
Dito isto, nunca os vejo falar do que realmente interessa... Que tipo de filme é (comédia romântica, filme de acção, thriller, épico, etc...), a originalidade e interesse da história, a qualidade do argumento, as interpretações, etc... enfim, coisas menos subjectivas e logo mais interessantes e úteis para o leitor.
O que observamos normalmente é estes críticos entrarem numa espiral subjectiva de considerações intelectuais e filosóficas sobre algo que cada um vive à sua maneira. Até porque o cinema, sendo uma arte, está intrinsecamente ligado à interpretação que cada pessoa lhe dá. Porque é que é há pessoas que adoram filmes de zombies? Não percebo mas respeito.
Estes críticos são, a meu ver, reféns do que está na moda intelectualmente. E nesse aspecto são absolutamente mainstream, mesmo que esse maintream seja de cariz intelectual.
Hoje em dia se seguirmos as premissas certas, poderemos ser vistos como críticos de cinema. Estas premissas constam de que:
- O Cinema Americano é, na sua maioria, mau.
- O Cinema Europeu é sempre bom.
- O Cinema do resto do mundo é sempre excelente.
- Tudo o que é cinema independente é bom.
- Tudo o que é “blockbusters” é mau.
Sigam isto e parecerão uns intelectuais.
Penso que ao ser necessária, para os críticos, uma grande fundamentação filosófica para a história dos filmes, acabam por marginalizar intelectualmente todos os que não obedeçam a isso.
Tenho a certeza de que em relação ao Regresso ao Futuro, ou a filmes do género, não se podem “masturbar” grandes dissertações filosóficamente complexas, no entanto, o Regresso ao Futuro é um filme intemporal em termos de entretenimento.
Aliás, há um principio que rege a profissão de crítico que consta de que um crítico nunca pode gostar do que as massas gostam.
Concluindo, penso que hoje em dia o cinema deve ser visto como algo não só artístico mas também social (há pessoas que apenas vão ao cinema se estiverem acompanhadas, o que demonstra que o filme não é prioritário mas sim a companhia). Por isso, se quisermos que o bom cinema seja premiado e difundido, devemos evitar uma linguagem que nos coloque à margem das pessoas que a leiam, pois esta atitude será uma péssima propaganda para o cinema.
Opinar sim, Masturbação intelectual não...
Agora onde é a fronteira entre as duas?
Não sei.

Wednesday, October 12, 2005

As peúgas

A palavra peúga é sem qualquer dúvida um tesouro da língua portuguesa. Digam alto e devagarinho, amigos leitores.... Vá, eu espero.
Já disseram?
Óptimo.
A peúga é algo que não existe como unidade. Anda sempre com uma semelhante, de seu nome A peúga do outro pé.
Devemos olhar para este assunto através de um prisma social, e nesse aspecto devemos ressaltar que as peúgas são seres que partilham responsabilidades, dividem sacrifícios e semeiam conforto.
Elas fazem parte dum mundo roupal que não é egoísta, é idealista.
São seres que não buscam o protagonismo só para si, dividem-no.
São espécies raras nesse espaço egoísta que é o roupeiro.
Sendo assim e tendo em conta estas características, podemos concluir que apenas as luvas poderão ser vistas como semelhantes mas, como sabemos, estas últimas não são usadas com o mesmo proletarismo.
As peúgas são como que as formiguinhas do armário, prontas para toda a obra, mas nunca apreciadas.
Tenho a certeza de que nunca fizemos o seguinte elogio,
O Senhor tem umas belíssimas peúgas.”,
ou pensámos:
Que belas peúgas tenho eu.”
Retiramo-las da gaveta como dado adquirido, sem pensar nelas... nos seus sentimentos... nas suas emoções... nos seus medos...
Mudando de assunto, nunca percebi o porquê de se empregar o plural a elementos como as calças ou as cuecas. Chamo-lhes a “esquerda caviar” do roupeiro. O plural induz a que pareçam formiguinhas como as peúgas... no entanto, a unidade com que assumem o seu protagonismo, faz-nos ver que elas não querem partilhar o seu espaço. Neste sentido prefiro as prima-donas que o são às claras, como a camisa, a camisola, a t-shirt ou o casaco. Querem um espaço só para elas, assumem-no e não admitem partilhá-lo.
Dito isto, penso que mais uma vez o ser humano dá uma demonstração cabal da sua fraqueza de espírito.
Com que item perdemos mais tempo no acto da escolha da indumentária? Com as peúgas trabalhadoras ou com a prima-dona convencida? Estou certo de que a vossa resposta deixar-vos-á de mal com a vossa consciência.
Cabe a nós mudar isso...

Apontamento cinéfilo
Vejam o filme Narc que está em DVD nos clubes de video. Excelente policial

Tuesday, October 11, 2005

O Fundo do Poço
O lançamento de um DVD dedicado ao ensino de etiqueta. A mentadora deste DVD é a inevitável parasita denominada... Paula Bobone.

Agradecimento nº1

O Arranha vem por este meio agradecer a todos o vilafranquenses por terem tido o bom senso de não elegerem Vasco Rato como Presidente da Câmara.
Acabaram de ganhar um lugar no meu coração...

Sunday, October 09, 2005

Andamos nas nuvens

As mulheres são mais inteligentes que nós. É um facto.
Neste momento os leitores masculinos devem estar a pensar:
- “Olha-me para este panasca feminista
Pois bem meus amigos.... O Arranha foi iluminado por uma visão na sala de espera do seu oftalmologista, sem dúvida o sítio mais apropriado para começarmos a ver com mais clareza certos aspectos do maravilhoso mundo que é.... o Mundo das “Gajas”.
Porquê? Dizem vocês...
Porque nestas salas de espera temos à mão toda uma panóplia (palavra que gosto muito de empregar) de items que nos elucidam sobre a maneira como somos ultrapassados nesta guerra dos sexos.
Dito isto, tinha diante de mim uma bela colecção de Cosmopolitan e seus pares.
Como é óbvio, as mulheres sabendo do conteúdo altamente nefasto para nós (excepção feita a quando ensinam técnicas para melhorar o sexo oral) destas revistas, convencei-nos de que um homem olhar para estas revistas é um acto de panasquice. Deste modo embelezam a capa com títulos como Maquilhe-se em 10 minutos ou Como acabar com a dor na depilação, coisas inocentes que apenas escondem o verdadeiro propósito destas revistas...
O de nos lixar a vida.
Digo isto porque quando comecei a folhear uma destas revistas, algo que só fiz por estar sozinho na sala e não haver uma porcaria de revista sobre futebol ou filmes (algo que nunca falta no consultório do meu dentista, o que mostra que ele é um gajo como deve ser), vi toda uma panóplia (2ª vez) de maneiras de nos “topar” para posteriormente nos “lixar”.
Dos vários títulos, ressalto alguns:
- 10 dicas para ver se o seu namorado está demasiado confiante. (isto fez-me pensar porque é que são sempre 10 dicas e não 9 ou 7 ou 13 ou 17, enfim não percebo estas coisas...)
- 10 dicas para saber se o seu marido está interessado noutra mulher.
E continua nesta merda (o Arranha fica irritado quando fala disto) pelo resto da revista.
O problema é que estas dicas até são bastante boas e com um grau de utilidade bastante elevado (porque nós somos uns gajos básicos e pouco imaginativos).
Aliás, tenho a certeza de que estas dicas foram fornecidas por algum desertor que sabe as nossas manhas mas virou panasca.
Pois é... o que eu vejo, meus amigos, é que elas andam aí a ajudarem-se umas às outras, enquanto nós o que fazemos... Nada.
Andamos por aí trocar dicas? Não me parece... até porque a palavra dica é amaricada, de maneira que não queremos nada com ela.
Olhemos agora para as revistas masculinas.
Tenho a certeza que são feitas por mulheres. Não vejo lá dicas úteis para as engatarmos ou sobre o modo de saber se a nossa linda princesa nos anda a pôr os palitos.
Quando muito dão-nos conselhos (uma palavra que já não colide com a nossa masculinidade), sempre úteis se uma pessoa for um perfeito anormal que nunca tenha vivido em sociedade.
Exemplos desses belos conselhos:
- Não te peides como sinal de agradecimento pela passagem do sal.
- Não arrotar para cima da mãe dela.
- Urinar no canto do restaurante não ajuda ao desenvolvimento de uma relação séria e duradoura.
- Meter o pila de fora ao jantar não é recomendável (Estiquei-me nesta mas era só para ver se estavam com atenção)
- Etc..
Agora coisas que auxiliem um tipo normal...Nada!
Bem, olhemos então para o conteúdo editorial de uma revista masculina:
Publicidade em metade das páginas, porque isso é coisa que só resulta em gente estúpida.
Pág. 1 – Entrevista a um futebolista
Pág. 6 – Entrevista a um actor
Pág. 13 – Fotos de uma “Gaja boa” que nunca haveremos de conhecer intimamente (as leitoras femininas não devem levar a mal o termo gaja, pois qualquer mulher que apareça em trajes menores numa revista transforma-se automaticamente em gaja, é algo tão natural como uma lagarta transformar-se numa borboleta)
Pág. 21 – Fotos de uma “Gaja óptima” que nem sabíamos sequer que existia
Pág. 32 – Entrevista a um astronauta
Pág. 46 – Sudoku, 10 jogos
Pág. 57 – Jogos de Computador
Pág. 68 - Fotos de uma “Gaja boa” que nunca haveremos de conhecer intimamente
Pág. 74 - Fotos de uma “Gaja óptima” que nem sabíamos sequer que existia
Pág. 82 – Livros
Pág. 87 - Música
And so on
Pois é meus amigos, estas revistas só servem para ficarmos “em brasa” e andarmos aí de “pau feito” (uma expressão pouco usada nos dias que correm) a pensar em futebol, livros e merdas do género.
Neste estado não damos luta e se, por acaso, encontramos a vizinha gorda do 5º Direito no elevador, ainda pensamos duas vezes em dar-lhe um lição de prazer.
Acabou-se meus amigos, chegou a hora de dizermos... Basta!
E sendo assim faço desde já o apelo à cessação (outra palavra que gosto muito) imediata da leitura de qualquer revista masculina e como sabemos está convocada pelo SSM (Sindicato da Superioridade Masculina) uma greve geral de prazer sobre qualquer mulher que leia revistas femininas, greve essa que durará todo este Inverno.
Em suma camaradas, temos que começar a lutar para trazermos de volta os bons velhos tempos da Idade Média.

E o prémio para a melhor gaffe autárquica vai para...

Uma comentadora da TSF, pela frase:
"E agora vamos ouvir o que Manuel Alegre tem a dizer sobre estas erecções autárquicas."

Thursday, October 06, 2005

Que tristeza de analistas

Estava a ver o rescaldo do debate sobre Lisboa, rescaldo esse feito por Carlos Magno e João Marcelino (Director do Correio da Manhã).
Qualquer um deles pode ser rotulado como um perfeito anormal. E porquê? Porque conseguem proferir afirmações que nos fazem duvidar sobre a sua sanidade.
O primeiro (Carlos Magno) começou por fazer analogias entre os candidatos e treinadores de futebol, algo que ele decerto achou extremamente útil para a compreensão das políticas em agenda e para a ilustração do próprio ambiente que caracterizou o debate.
Como essa analogia não resultou, tentou fazer uma outra em relação a políticos do passado. Falhando mais uma vez, deu por terminada a contenda ao fazer uma última analogia com os participantes no concurso a 1ª companhia.
Enfim.... deste espécimen não falo mais.
Quanto a João Marcelino, apenas digo... és uma triste figura. Esta bela cabeça teve a inteligência de dizer que todos aqueles candidatos poderiam ser do mesmo partido, pois todos diziam que se devia melhorar o trânsito em Lisboa ou melhorar o Ambiente.
Penso que este senhor devia querer um candidato que dissesse:
- Quero mais gente a viver fora de Lisboa
- Quero o desenvolvimento económico mais lento
- Quero mais corrupção
- Quero mais violência nas ruas
- Quero um maior injustiça social
Aliás, seria concerteza neste candidato que o Sr. Marcelino votaria.
Alguém tem de explicar a este senhor que é na maneira de atingir os objectivos que os partidos se diferenciam.
Já o estou a imaginar a analisar um debate sobre as legislativas.
(João Marcelino)- Epá, ninguém foi a favor de uma pior educação e de um sistema de saúde menos eficaz. Isto devia estar tudo no mesmo partido. Isto é incrível, quiseram todos que Portugal se desenvolvesse economicamente.
Enfim... se não é para calar este tipo de pessoas que está lá a Alta Autoridade para a Comunicação Social, então não sei para que serve...

O meu rescaldo sobre o debate de Lisboa

O Arranha vem em por este meio integrar o role de perfeitos anormais que analisam os debates na esperança de poder ser uma excepção, um erro de casting...
Quando digo o meu rescaldo é porque este não é um relato absoluto ou dogmático. É, por simplesmente, a minha opinião, nada mais...
Em relação ao debate sobre a cidade de Lisboa, penso que o resultado não deixa dúvidas...
4-1, ganha Lisboa.
Como pudemos verificar, tivemos 4 candidatos a demonstrar como a maneira de melhorar Lisboa é simples e convergente, e como não é isso que tem sido feito nos últimos quatro anos.
Até Maria José Nogueira Pinto que tentava de todas as maneiras ser cordial com o candidato do PSD, não escondeu a sua total discordância sobre a maneira como a Câmara de Lisboa tem sido gerida.
Foi extraordinário o momento em que Maria José Nogueira Pinto referiu o programa de Carmona Rodrigues como algo que clarificava sobre a má gestão da cidade nos últimos 4 anos e o candidato do PSD assistiu impávido e sereno, não rebatendo.
Dito isto, prossigamos por partes.
O Túnel
O debate sobre esta questão podia ter parado com a intervenção de Carmona Rodrigues.
Este disse uma frase extraordinária “O Túnel não tem nada a ver com o trânsito de Lisboa”. Então se não tem a ver com o trânsito, tem a ver com o quê? “Não tira carros de Lisboa, e também não faz entrar mais”. (Inacreditável)
Teve igualmente o desplante de dizer que tinha ido hoje pela primeira vez à obra.
Não rebateu a argumentação de Ruben de Carvalho sobre como um túnel radial trazia trânsito para a cidade.
Disse que o trânsito nesta zona seria regulado por semáforos “rodando um botãozinho”. Meus amigos, se o trânsito se resolvia rodando um botãozinho, para que serve construir um túnel? Rodavam logo o botãozinho que ficava mais barato.
Em relação à paragem da obra imposta pelos juízes, não rebateu.
Em relação as acusações de que faltavam relatórios de risco e outras análises permaneceu calado.
Quando Nogueira Pinto afirmou que o túnel não era, de forma alguma, uma prioridade para Lisboa, Carmona carregou no mute uma vez mais.
Enfim, mais consentimento acerca da completa inutilidade desta obra seria impossível.
Trânsito
Quanto ao trânsito ouvimos políticas da parte de todos menos de Carmona Rodrigues. Este reservou-se a acatar mais uma vez tudo o que outros iam dizendo. Os transportes públicos estão uma desgraça, não se acabou a CRIL e o Eixo Norte-Sul (sendo ambas as vias promessas eleitorais), não se cumpriam a leis de trânsito e estacionamento, etc... Nada disto foi rebatido.
Reabilitação
Mais uma vez não rebateu que 70% do investimento era em construção nova e admitiu que a maior parte das reabilitações tinham sido feitas por privados. Quando foi dito que o programa EPUL não funcionava, não contestou. Não o vimos defender absolutamente nada.
Quanto aos bairros sociais foi defrontado com a completa inércia da sua equipa, mostrando-se mais uma vez sem respostas ou razões.

Enfim, pode parecer-vos que estou a “bater no ceguinho” mas pareceu-me que foi exactamente isso que aconteceu. Vimos ali que as políticas certas são simples, e que os restantes 4 candidatos apenas diferem em questões menores, como por ex.: “se a taxa de entrada no centro de Lisboa é uma medida a ser aplicada já ou em última instância”.
Para finalizar, o que vi foi que Lisboa ficará mais bem servida com qualquer um dos restantes 4 candidatos do que com a equipa que lá esteve nos últimos 4 anos.
O problema é, na minha óptica, que os lisboetas sofrem do síndroma “Zé Maria do Big Brother”, ou seja, adoram pessoas com ar de coitadinho e pretensamente sérias.
Daí que me pareça que na segunda-feira vou estar um pouco desiludido.
C’est la vie…

Novas profissões

Neste tempo de crise, em que são poucas as áreas em que há mercado para os jovens, há uma claramente por explorar... A área da fotografia em funerais.
Esta é uma área que conta com um vasto mercado pois, como sabemos, quase toda a população vai morrer, excepção feita a Mário Soares.
Para além disso os enterros são, hoje em dia, primariamente ocasiões sociais, e como tal, "O Social" deverá ter uma determinada conduta.
Dito isto, não me parece que a conduta actual seja a ideal para o acontecimento em causa.
Vê-se gente bem disposta e a rir...
Fala-se sobre futebol e sobre o invariável grupo de “gajas boas” que está situado ao pé da primeira coluna do lado direito da igreja ...
Enfim... é exactamente para evitar este tipo de conduta que me ocorreu esta ideia.
Tenho a certeza de que se houvesse fotógrafos nos funerais, as pessoas teriam mais cuidado e tal como nos casamentos adequariam a sua expressão ao momento. (mesmo que isso fosse uma perfeita intrujice)
A segunda, e mais importante, especificidade desta ideia é que não é preciso ser-se um bom fotógrafo (como é o caso do Arranha, um verdadeiro perito em “flashadas”).
Porque é que não é necessário tirar boas fotografias, perguntam vocês.
Porque o objectivo das fotos em funerais será o de que as pessoas fiquem mal...
Sendo assim, quanto pior o aspecto e maiores as olheiras, mais contabilizada e valorizada será a dor pelo defunto.
Penso que este é um mercado por explorar e tenho a certeza de que bastará executarmos um destes serviços gratuitamente num enterro mediático para que o resto do rebanho social adira à moda.

Aviso importante nº2

Caros leitores, não sei se estão recordados de um texto que escrevi a 26 de Agosto acerca de uma personagem que se dá pelo nome de Vasco Rato.
Pois é meus amigos, o Arranha teve o seu belo feriado estragado ao saber que esta mesma personagem, portadora de doenças inimagináveis, se vai candidatar à autarquia de Vila Franca de Xira.
Deste modo deixo aqui o apelo ao meus leitores Vilafranquenses (que devem ser muitos...) para não contaminarem o seu concelho com esta praga roedora.

Monday, October 03, 2005

Aviso Importante nº1

Chegou aos ouvidos, neste caso aos olhos (pela revista Sábado), do Arranha o facto indesculpável de que Carmona Rodrigues dá os seus apertos-de-mão com a mão mole, a chamada... “mão morta”.
Meus amigos e amigas, como sabemos é no “bacalhau” que está a personalidade de um homem. Se a mão vem mole é porque essa pessoa é frouxa, sem personalidade e pior... sem vitaminas.
Este tipo de gente deveria ser banida da sociedade pois não mostram o mínimo empenho no acto fundamental do cumprimento.
Afoguem-nos, digo eu!... pois estas são pessoas que não merecem viver.
Um engenheiro sem um aperto-de-mão firme é como uma puta sem saltos altos. Ou seja... não é nada, é uma fraude.
Aliás, sei de fonte segura que devido a este caso do “Aperto-de-mão Dourado” está em consideração a expulsão de Carmona Rodrigues da Ordem dos Engenheiros. Espero que isto sirva de alerta a todos os lisboetas que querem votar num “mão morta”.
Shame on you!!! se votarem nele…
Se escolhermos este homem para nosso representante, pensem na imagem que ele passará quando estiver a cumprimentar personalidades importantes...
Dará a ideia de que somos frouxos, sem personalidade e pior... sem vitaminas.

Saturday, October 01, 2005

Filmes eróticos com os pais

Pelo título, podem achar... “agora é que o gajo se passou” ou “desta é que este filho-da-mãe ultrapassou todos os limites do razoável”...
Mas não! Ainda não é hoje que o Arranha se vai debruçar sobre esse mundo de terror que é apanhar os nossos progenitores em plena progressão. Pior ainda seria falar sobre filmagens do mesmo acto. Esse debate ficará para outra ocasião...(no entanto está mais próximo do que vocês imaginam).
A temática sobre a qual o Arranha se vai debruçar hoje será a do visionamento em conjunto (pais e filhos) de filmes que contenham cenas eróticas.
Por muito adulto que me torne (algo ainda a acontecer...), penso que nunca me sentirei à altura de encarar com normalidade o estar na sala em família a observar uma bela cena de barabim-barabum.
Penso que estas cenas podem ser desfrutadas apenas em 4 ocasiões: 1) no escurinho do cinema. 2) em casa, sozinho. 3)em casa, com amigos e; 4) em casa, com a namorada.
De qualquer maneira, nunca, mas nunca, será bom ou sequer normal disfrutar uma cena erótica acompanhado dos paizinhos.
Na noite passada, antes de sair para mais uma tertúlia... foi-me perguntado por um familiar (o progenitor masculino, mais conhecido por pai) se não daria nada de jeito na televisão.
Acerquei-me do guia televisivo e verifiquei que daria um filme (que eu nunca tinha visto anteriormente) chamado “O Carteiro toca sempre duas vezes” com um jovem Jack Nicholson e uma ainda mais jovem Jessica Lange.
Como ainda não estava exactamente na minha hora de partida, sentei-me para observar o filme que tinha aconselhado. Todos fitávamos com extrema atenção a película em causa...
Eis senão quando, surge uma bela cena sexo, e quando digo isto não estou a falar daquelas de amor querido, em que tudo acontece muito lentamente ao som da musiquinha...
Aquilo era mesmo uma bela sessão de ruff stuff em cima da mesa da cozinha, com grandes planos da floresta tropical (era um filme do fim dos anos 70 ou principio dos anos 80) e gemidos lascivos quanto baste.
Durante toda essa “gemideira”, não se respirou naquela sala... aliás, asseguro-vos de que senti na pela uma leve brisa de mau estar e inconveniência.
Eu estava com uma vontade de rir tal, que se tornava difícil suster... mas aguentei-me estoicamente em silêncio.
Este silêncio foi finalmente quebrado por uma voz grave proveniente do pater familis.
- "Este filme é um bocado arrojado, filhinho. Não há aí uma coisa mais soft ?"
Nesse momento fiz um pequeno “zapping”, no qual encontrei essa bela película de seu nome “Nove Semanas e Meia”(que eu tinha visto várias vezes, como qualquer homem que na sua infância esteve apaixonado pela Kim Basinger) e disse:
- "Este já deve ser melhor."
Deixei nesse canal e fui à minha vida.
Neste momento devem estar a pensar... o gajo é danado.
Dito isto, não sei o que ocorreu depois mas o que é um facto é que o meu pai, na manhã seguinte, estava extremamente sorridente e chegou mesmo a piscar-me o olho.
Resta saber que se o “Nove Semanas e Meia” não deu origem uma romântica noite amor no domus (hoje estou numa de latim) do Arranha. Fica no ar porque seja como for não quero gastar nem mais um pensamento nessa matéria...

P.S. Ainda em relação a esta temática, um dos meus hobbies favoritos quando era mais novo, era pedir à minha avózinha para fazer “zappings” ao fim de semana à noite para ver qual seria a sua reacção quando passasse pelo canal 18. São momentos que recordarei sempre com um sorriso.
Este Arranha era, nesta altura, um gajo execrável.