Friday, August 26, 2005

Filinha do Euro Milhões

Hoje estou-vos a falar por causa das filas intermináveis que se encontram às sextas-feiras nas tabacarias. Tenho a certeza de que qualquer pessoa que se encontre nestas filas está com uma coisa chamada de... Feeling.
Aquela fila é o momento em que todos pensamos no que vamos adquirir e nas aventuras que vamos viver com esse dinheiro. Ora bem... o que eu digo é que aproveitem esse momento de indefinição porque quando souberem que foi um dono de uma casa de frangos ou um homem do lixo que ganhou o prémio, vão-lhe chamar todos os nomes que se lembrarem.
Dito isto, porque é que os portugueses são o povo que mais joga?
Porque são o povo que mais “feelings” tem.
E porque é que somos o povo com mais “feelings”?
Porque não percebemos peva de Matemática.
Como se sabe, em Portugal o 2+2=4 é algo que ainda não está completamente assimilado, daí que quando chega a sexta-feira, toca de inundar as tabacarias com o belo dinheirinho português.
Deste modo, aqui vos deixo a probabilidade de ganharem este belo concurso:
A probabilidade de ganhar o EuroMilhões é.... 1 em 18306086400

P.S. Agora deixem-me ir embora, porque ainda quero fazer a minha aposta.

O Mentor dos festivais

Não tenho quaisquer dúvidas de que a ideia para os festivais de Verão partiu de uma melga. Estes festivais, mais do que festivais de música, são festivais de sangue. Penso que este é um golpe de mestre por parte das melgas, pois juntam enormes quantidades de pessoas prontas a serem consumidas.
É igualmente minha opinião de que as melgas, mais do que qualquer júri composto por seres humanos (sempre parcial), são um excelente júri acerca qualidade da matéria-prima humana.
Dito isto, as minhas pernas foram completamente dilaceradas este Verão no festival do Sudoeste, ao contrário dos meus parceiros de festivalagem.
Conclusão: As minhas pernas são claramente mais apelativas do que as deles...pode ter doído meus amigos, mas fiquei com a auto-estima em cima.
Nestes festivais há toda uma panóplia de sangue. Desde os tipos A- positivo Bohemia ao O-negativo Green.
Já estou a imaginar as melgas todas excitadas, de lenço na cabeça e mochilinha às costas:
- Hoje vou mamar quatro A-Positivo Bohemia e cinco B-negativo Ice, eh eh eh...
ou
- Hoje tou a conduzir por isso é só O-negativo Green que é mais fraquinho.
A melga é a meu ver o bicho mais irritante que Deus criou, mas tenho a certeza que será o que mais alegrias lhe dá. Já estou a imaginar Deus com um saquinho de pipocas a observar os seus anjinhos (melguitas) a azucrinarem a paciência aqui aos humanos.
Isto fez-me pensar se as melgas atacariam só os humanos, ou se o fariam de igual modo ao resto da animalagem que habita este lindo planeta. Se souberem a resposta, é favor partilharem.
Há que dar também algum crédito às melgas, pois estas p_t_s (preencher os espaços amigos e amigas...aliás, estou a ponderar começar a escrever sempre tipo sudoku) esperam pelo exacto momento em que uma pessoa está quase a viajar para o país das maravilhas (lusco-fusco do sono) para se fazerem ouvir. Tenho a certeza que nestas alturas as melgas riem que nem umas perdidas, porque se fosse eu faria o mesmo.
É por esta razão que quando me é perguntado qual o animal ou insecto que eu gostava de ser, digo sempre... Melgaço.

P.S.- Tenho a certeza que neste momento, algures em Portugal, está uma Melga-Mestra a planear a roteiro dos Festivais de 2006. Cheira-me que ela está em Odivelas, mas esta é uma informação que carece de confirmação.

Vasco Rato, O anglo-emigra irritante

Sei que muitas pessoas não o conhecem. Têm sorte. Para além de ter uma aparência ridícula, fala português com sotaque inglês e dá opiniões que fazem o calhau mais inerte rebolar de discórdia. Basta o nome para vermos que esta pessoa não é de confiar. Como reza a expressão, “ele é muitá rato, muitá rato”.
Recentemente soube de fonte segura que esta Amélia (peço desde já desculpa a todas as Amélias) foi amante de Margaret Thatcher, o que é por si só é um atestado de subserviência aos anglo-saxões e de apetência para a ocupação da importante posição social que é ser animal doméstico.
Neste momento dizem-me que é o objecto de folia de Condolezza Rice, mas sei que George W. Bush também já andou pelos recantos da Casa Branca a dizer:
- Bilu bilu, Vasquinho. Rebola...iiiiiiiiiiisso, agora senta....lindo menino. Enfim tudo faz ele em nome do seu belo sotaque. Mas cuidado, olhem que ele é “muitá rato, muitá rato”.

Sunday, August 21, 2005

Sejam cépticos.

Na sociedade actual temos acesso ao que se chama de informação global. Essa informação é forçosamente redutora e induz a generalizações. Os media aparecem hoje como os profetas do verdadeiro como, porquê e onde? Eles são hoje em dia a fonte da chamada cultura, e as pessoas pensando que estão a receber uma informação total e imparcial dos factos, absorvem-na como tal. Há que ter em conta que determinados factos são deturpados e editados de forma a estabelecer uma imagem cujo objectivo é vender. Porque a informação e as notícias são um negócio. O objectivo destas é gerar dinheiro, não conhecimento. De modo que devemos ter sempre isso em conta e questionar a informação que nos é dada. É óbvio que nunca saberemos tudo sobre um determinado assunto, mas questionar as coisas não é um modo de combater essas mesmas coisas, mas sim de as compreender.
É minha opinião de que hoje em dia é mal visto questionar as coisas. O conformismo e a normopatia são a meu ver as correntes de pensamento actuais. Assimilar sem pensar é a ordem do dia.
Pensei nisto porque no outro dia pois fiquei aborrecido ao ouvir um familiar meu dizer que os árabes são fanáticos. É óbvio que a generalização por si só é asneira, mas todos gostamos de generalizar quando fazemos humor ou pura má-língua. Os ingleses são assim... os alentejanos são assado... etc. Todos nós já fizemos isso, mas numa conversa séria isso é uma clara demonstração de ignorância. Fico chocado com a maneira como as pessoas empregam estereotipos em conversas sérias, pois estereotipar é uma forma de desrespeito pelo verdadeiro conhecimento. Penso que o estereotipo é a forma mais simples de arrumar informação no cérebro, sendo por isso a escolhida pelos media. Quando ouço pessoas a dizerem coisas como “os árabes são fanáticos”, penso que algures noutro país haverá alguém com o mesmo tipo de raciocínio em relação aos portugueses. Esses dirão “Não leves crianças a Portugal porque lá é tudo pedófilo”. Se ouvirmos algum estrangeiro fazer estas declarações diremos que é um ignorante, pelo que devemos ter cuidado antes de fazermos determinado tipo de afirmações para não passarmos também por ignorantes. Esta cadeia de ignorância tem a ver com as imagens que nos são vendidas pelos media.
Por isso digo apenas uma coisa... sejam cépticos.

Friday, August 12, 2005

O Sudoeste já não é o que era
Já tou velho... As coisas que eu dava como certas e imutáveis no passado, estão hoje recheadas de surpresas.
Ainda me lembro quando eram necessárias pelo menos 15 imperiais para encontrar uma menina bonita (para não dizer gaja boa) no Sudoeste. Hoje em dia andam por lá aos molhos e ainda por cima solicitam com veemência o amor físico. Noutra ocasião isso poderia ser proveitoso mas ali não gosto. Porquê? Porque como qualquer primata (homem), não me consigo concentrar na música quando estão a passar entidades femininas de elevado valor. Dai que se me perguntarem como é que correu o concerto de Ben Harper responder-vos-ei: - Passaram 12 loiras, 8 morenas, 2 ruivas e 1 indiana.
Depois há a questão dos 3 palcos. Para quem não foi, havia o palco principal e dois secundarios (um com reggae e outro com música electrónica). Devo dizer que também não gostei disso, porque sou daqueles gajos que quer dizer que viu tudo, de maneira que me situei exactamente no meio deles. Devo dizer foi uma experiência com aspectos positivos e negativos. Pela positiva deu para perceber que os Oasis, com um ritmo reggae e uma batida electrónica, até se tornam em algo bastante bom. Pela negativa fiquei com uma valente dor de cabeça.

P.S. Há algo que nunca muda, nem nunca mudará. O esterco que são aquelas belas casas de banho. De qualquer maneira gostaria de expressar a minha admiração pela pessoa que conseguiu atingir o tecto executando a necessidade fisiológica nº 2.

O Festivaleiro

Estou a falar daquele espécimen que está em estado de hibernação até ao Verão. Fora da época balnear ele encontra-se na sua gruta... em pleno contacto com a Natureza... longe dos olhos poluentes do Homem-Metrópole.
Há várias características que o verdadeiro Festivaleiro (F) deve possuir que irei enumerar de seguida.
- O F é sempre homem, não existem mulheres à altura desta ocupação.
- O F não conhece ninguém, ele vai aos festivais sozinho e não convive. O único diálogo proferido deve ser: - Uma imperial sff.
Seguido após a recepção do recipiente por um: - Brigado.
- O F paga sempre em moedas, a nota é algo que vai completamente contra o estilo de vida do F.
- O F tem sempre como compincha, um rafeiro (sempre mais lavado do que o dono) com um defeito na perna traseira direita.
- O F é uma criatura intacta da Natureza e por isso só se lava no mar, rio ou canal (sempre em cuecas). Artigos como shampoo, gel de banho, sabonete, escova de dentes ou pente para o cabelo estão fora do Universo do F.
- A tenda do F tem que ter remendos.
- O F nunca pode ser um copinho de leite, ele tem de ter a mistura perfeita de 64% de bronze e 36% de sujidade, de modo a dar um tom acastanhado com textura granular.
- O F não ouve música, ele está num tal estado zen que só ouve a música que Deus tocar.
E finalmente...- O F nunca anda de calças e tem de usar obrigatoriamente tudo o que for distribuído gratuitamente nesse determinado festival.

Thursday, August 04, 2005

Multa pelo não-agradecimento

Não há coisa mais irritante na existência humana do que quando deixamos declaradamente outro veículo entrar na nossa faixa, que o condutor do mesmo não agradeça. Até porque nesse mundo cão, mais conhecido por trânsito de Lisboa, qualquer acção afável deve ser amplamente relevada.
Penso que ao se ter recentemente ampliado o uso das câmaras de vigilância como instrumentos para a punição de excesso de velocidade, poder-se-ia também usar para apanhar os não-gratos. Penso que no caso destes a sanção económica não sortiria o efeito desejado, pelo que proponho que a coima do não-agradecimento se situe entre 5 e 50 chicotadas em praça pública. Pode parecer bárbaro, mas vão ver se no momento em que um destes prevaricadores não vos agradecer, se não pensam que o castigo é leve. As infracções iriam desde leve (5 chicotadas referentes a um aceno mal feito) a muito grave (25 chicotadas referentes a uma total ausência de aceno).
Como é óbvio, o cadastro agravará a punição e a legislação incluirá após 5 infracções a punição dos pais do prevaricador. Porquê os pais? Porque após 5 destas infracções temos a certeza de que essa pessoa foi mal educada.
A idade dos pais não constituirá motivo de misericórdia, pelo que se tiver de ser uma velhinha de 84 anos a sofrer.... assim será.
Enfim, penso que com esta inovação legislativa mudar-se-ia este péssimo hábito, e dito isto, submeterei prontamente o projecto de lei.

Monday, August 01, 2005

Pequeno apontamento nº1

Vejam o filme Colisão que está agora no cinema. Excelente