Tuesday, March 28, 2006

Sousa Tavares, o adepto autista

Caros leitores, acabei de ler a crónica no jornal A Bola, deste premiado escritor de ficção.
E foi nesta tónica, a da ficção, que Sousa Tavares escreveu a sua crónica.
Foi assim que Sousa Tavares viu a arbitragem de Olegário Benquerença:
"E então, o que fez de tão terrível o árbitro, Olegário Benquerença? Não assinalou um canto a favor do FC Porto na primeira parte e um a favor do Sporting na segunda; deixou passar um lance duvidoso do Tonel sobre o McCarthy na área sportinguista, que eu também não acho que tivesse sido suficiente para penalty, mas que, ao contrário não deixaria de ter sido reclamado como tal pelos sportinguistas; deixou passar uma mão de Pepe que seria penalty, se de facto ocorreu dentro da área, mas que é precedida imediatamente de uma falta do Polga sobre o McCarthy, que permite lançar o contra-ataque; mostrou e bem o segundo amarelo ao Caneira, quando ele, já tudo sanado, resolveu ir meter-se numa discussão entre o Rodrigo Tello e o Raul Meireles, tendo todos logicamente visto o cartão; e expulsou o Bosingwa por uma falta que ele não cometeu. Eis tudo."
Eis tudo, quer dizer... Eis tudo o que você viu, caro amigo. E como já vi que deve ter visto o jogo com uma pala num dos olhos - ou talvez mesmo nos dois -, aqui fica o que perdeu.
Primeiro, vem o golpe baixo.
Não foi Tello mas sim Deivid que se envolveu com Raul Meireles. A pala devia estar muito bem posta nessa altura.
Bem, após a crítica de mau gosto passemos aquilo que Sousa Tavares perdeu, por culpa da malévola pala, claro.
Tudo pequenos pormenores, atenção.
O pequeno pormenor da cotovelada de Marek Cech a João Moutinho. (Expulsão nº1)
O pequeno pormenor de uma pisadela a um jogador sem bola por parte Lucho Gonzalez. (Expulsão nº2)
O pequeno pormenor de uma cotovelada de Pedro Emanuel a Deivid (1º lance), seguida de uma cabeçada (2º lance), mais uma vez a Deivid. (Expulsão nº3)
O pequeno pormenor da tentativa de agressão de Raul Meireles a Deivid e das enúmeras faltas merecedoras do cartão amarelo, efectuadas por este jogador. (Expulsão nº4)
O pequeno pormenor do cartão amarelo poupado a Pepe, seja penalty ou não.
O pequeno pormenor de dois foras-de-jogo mal assinalados a Deivid.
O pequeno pormenor de se ter dado a McCarthy uma oportunidade clara de golo, quando este se encontrava em fora-de-jogo.
O pequeno pormenor do cartão amarelo absolutamente rídiculo a Nani.
O pequeno pormenor da mão na bola de Bosingwa, falta essa sancionada por Olegário Benquerença, que segundo as regras do jogo - algo que Sousa Tavares não deve conhecer -, requer a amostragem de um cartão amarelo. Neste caso seria o segundo, logo... (Expulsão nº5)
O bonito episódio de Olegário ter dado o segundo amarelo a Bosingwa, pensando que seria o primeiro, episódio esse que demonstra a vontade que Olegário tinha em deixar no campo jogadores que lá não deviam de estar. Curiosamente, todos eles do FC Porto. Coincidência decerto...
O episódio de Caneira é absolutamente genial, em termos de comédia, claro.
Pela lógica de Miguel Sousa Tavares, Caneira devia ter sido expulso porque disse umas palavras a Raul Meireles. Ora bem meus amigos, seguindo esta lógica ia tudo à vida. Jogadores, treinadores, enfim... uma festa.
Em suma, tirando todos estes pequenos pormenores, a arbitragem foi, direi mesmo, excelente.
És brilhante Sousa Tavares, na ficção, é claro.

P.S. Ainda houve, segundo disse Jorge Coroado, um jogador do FC Porto que cuspiu noutro do Sporting (mais uma expulsão, desculpem a repetição mas estes jogadores do FC Porto são extremamente previsíveis). Não me lembro desse episódio mas caso tenha acontecido decerto que Sousa Tavares vê nesse acto, a cuspidela, uma abordagem social fraterna e amigável. Daí que para a próxima vez que o vir, trata-lo-ei de acordo com os seus valores.

Apontamento Cinéfilo

Vejam o filme Casanova. Excelente comédia.

Monday, March 27, 2006

O Homem-Nívea

O Arranha vem por este meio fazer um exame de consciência à sua velha e apreciada característica de Homem Nívea ou como denominaria Stan Lee, Niveaman. Ora bem, este super-heroi tem como seu super-poder o facto de cheirar sempre a lavadinho sem trespassar a linha da panasquice.
Dito isto, o Arranha hoje trespassou-a.
Olhemos um pouco para o passado hiogiénico do Arranha antes de vos contar o malogrado episódio.
O passado do Arranha é pautado por uma completa fidelidade aos produtos Nívea, fidelidade essa imposta pelo Arranhao (Pai) e pela Arranhona (Mãe).
Desde pequeno que ouvia no meu domícilio:
"Se eu te vejo com coisas da L'Oreal, Kerastase ou Pantene, logo vês o que te acontece!"
E hoje que pequei percebo exactamente para o que eles me alertavam.
Sendo assim, a vida higiénica do Arranha passa por:
Shampoo - Nívea
Creme da praia - Nívea
Gel de banho - Nívea
Espuma de barbear - Nívea
Bálsamo - Nívea
e como é óbvio, Desodorizante - Nívea
Aliás, o Arranha não usa perfume porque, como sabemos, os perfumes Nívea não são fáceis de adquirir.Tal como a pasta-de-dentes. Daí a explicação para a dourada e cintilante boca do Arranhiço.
Por esta altura advinho que o leitor esteja a pensar: "Ainda há gente com valores."
Pois bem, o Arranha não é um deles.
Aquando do pós-banho do dia de hoje, o Arranha, secundado apenas por uma leve toalha, deparou-se com a penosa realidade de que o seu desodorizante Nívea estava vazio. Depois do histerismo inicial, veio a dolorosa questão: Ficar com uma sovaqueira Chlep Chlep ou renunciar a toda uma vida estruturada pelos valores intocáveis dos produtos Nívea?
Ora, para sua vergonha, o Arranha escolheu o caminho mais fácil, ou seja, o de ter uma sovaqueira cheirosa e não Chlep Chlep. Dito isto, agarrei num produto desodorizante da Givenchy, oferecido no Natal por familiares (nem sabem a vergonha que sinto ao pôr esta realidade no "papel") e aspergi à distância de 10cm, distância essa aconselhada pela Autoridade Portuguesa Contra a Catinga.
Lágrimas escorriam pela face do Arranhiço, caros leitores e leitoras, perante tamanha traição aos valores do Níveaman.
Mas esta é uma história de redenção e tal como dizia Nietzche, até os mais fortes têm momentos de fatiga. E foi exactamente isso que se passou, daí que o Arranha se tenha prontamente dirigido ao estabelecimento comercial mais próximo de forma a adquirir de novo a honra perdida.
E assim sendo, é com alegria que vos digo que neste momento escrevo estas palavras sem sovaco Chlep Chlep e motivado pela ligeireza que só a Nivea pode oferecer.
Em suma, todos cometemos erros e todos merecemos uma segunda oportunidade.

Sunday, March 26, 2006

Brokeback Moment

O jogador do Sp. Braga, Wender, a mordiscar a bem torneada nádega do laborioso jogador Petit.

Thursday, March 23, 2006

Declaração amigável

O Arranha vai levar a cabo a sua primeira história infantil, algo que tem sido com frequência adulterado pelos tempos modernos, ou seja, em que a tradicional mensagem de paz e amor se esbate na violência e corrupção dos nossos dias.
Ora bem, após esta breve introdução, comecemos a nossa história.
Era uma vez uma menina de bonitas tranças chamada de Agóra Naodá. Agóra vivia em prados verdejantes, pontuados de florzinhas amarelas que ronronavam ao bater do vento.
- Até agora tudo bem com esta história -
Pena é que a pequena Agóra cresceu e não se sentia feminina nos propósitos sexuais... Menina de vontade, a pequena Agóra, encarou a situação com uma coragem ímpar e dirigiu-se ao Dr. Wolfgangberger, autoridade máxima no campo da transsexualidade, e proferiu: "Quero ser um rapaz, Sr. Dr!"
Após verificar que a menina Agóra jogava bem matraquilhos, a fundamentação médica para a intervenção cirúrgico/hormonal estava obtida.
E assim, Dr. Wofgangberger acedeu e tornou o sonho de Agóra real.
Posto isto, Agóra passou a ser um rapaz altivo e esbradiado de nome...
Olegário Benquerença
- para quem passou pela palavra esbradiado sem questionar o seu significado, aqui vai... esta palavra não tem qualquer significado mas é opinião do Arranha que a sua sonoridade transmitirá na perfeição ao leitor a fisionomia do ser humano mencionado -
Dando um salto no tempo,com o passar dos anos Olegário Benquerença tornou-se num perfeito filho da p.... (atenção! o último ponto é um ponto final)
Agora que já consegui transmitir bons valores a todos os leitores e leitoras infantis, passemos aos graúdos.
Dito isto, o Arranha está à vontade para confidenciar ao leitor que a recente conduta de Olegário Benquerença o pôs meditar sobre a questão do aborto. Porquê?
Porque a partir de ontem, o Arranha passou a defender o Aborto até as 1934 semanas (idade actual de Olegário). Aliás, o Arranha, pessoa humana que se preocupa em fundamentar cientificamente e partilhar todas suas opções e argumentos, procurou saber junto da mãe de Olegário o que esta pensaria acerca da demoníaca proposta abortiva do Arranhiço.
Para seu espanto, a chorosa velhota entoou em plenos pulmões:
"Vamos a isso, chouriço!!"
Estranhando o modo receptivo como a mamã Benquerença tinha recebido a dita proposta, o Arranha questionou:
-"Porquoi, ma cherri?" (de referir que por esta altura o Arranha já tinha tido relações sexuais com a mamã Benquerença)
-"Porque eu tentei mas não me deixaram. Aliás, foi em sinal de protesto com o facto de eu não poder abortar que o denominei de Olegário."
Dito isto, e mais uma vez pensando numa fundamentação, agora jurídica, o Arranha deslocou-se à Torre do Tombo e tomou conta do facto de que aquando do ano de nascimento do pequeno Olegário era pratica comum chamar-se Olegário às crianças não desejadas.
A lei dizia:
" Artigo 9º
Reconhecimento de herdeiros e práticas de substituição à interrupção voluntária da gravidez
Pode ser requirido ao governo vigente o reconhecimento da denominação de Olegário e apenas Olegário por forma a que a entidade paternal demonstre publicamente a sua discordância pela fecundação obtida"
Ao ler estas palavras, o Arranha chorou, assoou-se e voltou a chorar.
É apenas normal que Olegário seja um filho da p..., depois de tudo o que passou nesta vida. E é na busca de um futuro melhor e numa aura de compreensão e redenção que o Arranha procurará, através da sua nova proximidade familiar, influenciar Olegário com os seus indubitáveis valores. Ou seja, como padrasto de Olegário Benquerença.

P.S. 1ºprémio, para a crónica mais fundamentada de que há memória.

Tuesday, March 21, 2006

Apontamento Cinéfilo

Vejam o filme Good Night and Good Luck. Absolutamente indispensável nos dias que correm.

Situações de complexa resolução - Parte 1

Há várias situações na vida que nos deixam socialmente desconfortáveis, e nesse sentido o Arranha achou ser seu ofício a busca de possíveis resoluções para algumas delas.
A primeira situação a ser abordada é a penosa realidade dos Atacadores Desapertados. Esta situação é de uma complexidade tal que merece um estudo aprofundado. A primeira dúvida do Arranha prende-se com a razão do porquê de nunca se ver mulheres a apertar os atacadores na via pública. Não compreendo.
Nestes tempos, em que as meninas já aderiram a moda de andar de ténis, deveria haver um claro aumento no número de rabos femininos a fitarem o Arranha, no entanto, nada acontece. Não é que o Arranha seja algum tarado (mas é) que ande a deambular pelas ruas em busca do rabo espetado, mas na sua mente ele questiona se as meninas não terão em sua posse o segredo do Atacador Apertado permanente. O Arranha ainda pôs a hipótese de as meninas usarem a proibida técnica do duplo nó, um pecado mortal absolutamente interdito aos verdadeiros homens. O duplo nó implica que o nó singular não é dado com a mestria e força que devem ser características intrínsecas a qualquer homem. Os únicos homens que podem usar esta técnica são os reformados, pois já não necessitam de dar provas das duas características previamente mencionadas.
Concluindo este raciocínio, a hipotese dada pelo Arranha caiu por terra ao me aperceber que também no seio do mundo feminino, o nó duplo é proibido. Sendo assim, resta ao Arranha subjugar-se à sua insuficiência intelectual e dizer:
"Não faço puto ideia!"
Agora que compreendemos a impossibilidade de uma solução perfeita para esta situação, pelo menos para os homens, resta-nos abordar as várias possibilidades de minimizar os danos provocados pela acção de apertar os atacadores.
O ideal será verificar pelo menos dois parâmetros aquando do acto de compra de futuros sapatos. Há que verificar se estes poderão ser utilizados apenas com os atacadores apertados ou se permanecerão no pézinho mesmo sem os atacadores apertados. E, aliada a esta decisão, está a importante escolha por uns atacadores que mesmo desapertados, não andem pelo chão.
Atenção, que estes dois cuidados podem poupar muita ansiedade social.
Dito isto, já estou absolutamente farto de escrever a palavra atacadores, a qual nem percebo o porquê da denominação. Será que eles atacam alguém? Nos limites do plausível, possivelmente varrem alguns grupos de formigas quando roçam o chão, agora de resto...
Assim sendo, a palavra atacadores passará a tintins.
Abordemos então as possíveis posições para apertar os tintins.
1) Posição Brokeback Esta denomição refere-se à posição em que o sujeito, ao não flectir as pernas, fica de rabo espetado para a retaguarda. A sua terminologia, visa alertar para duas realidades. A primeira, em relação ao esforço que é feito pelas costas e a segunda, em relação ao à vontade que o sujeito tem ao estar na convidativa posição do rabo-espetado. Esta posição tem igualmente alguns pontos positivos, que são a evidente flexibilidade do seu executante e a questão de fazer correr o sangue para a cabeça, dando um pós-aspecto mais rosado - saudável - ao seu executante. No entanto, qualquer homem que faça essa posição de forma a ter um ar rosado, é panasca. É a prova indubitável. (Não que haja qualquer mal na homossexualidade!!)
2) Posição Chicco A posição Chicco, é a posição de apertar os tintins que nos transporta automaticamente para os 10 anos de idade. Nesta posição, em que há uma total flexão das pernas, o executante é visto como uma criança, logo, qualquer entidade feminina perderá o seu interesse por ele durante os próximos 10 minutos. Porquê? Porque, para além de ser visto, pelos outros, como uma criança, o próprio executante sente-se uma crinça pois todas as pessoas que o circundam acabam por ser mais altas.
3) Posição Adolescente A posição Adolescente, pauta-se por ser uma posição em que não há respeito pela propriedade alheia. Ou seja, aperta-se os tintins nos pára-choques dos carros, aperta-se os tintins nos vãos das montras, aperta-se os tintins nos bancos de jardim, etc. Esta conduta revela aquela irreverância mal educada que todos os adolescentes acabam por praticar.
4) Posição Autoritária A posição autoritária é aquela posição em que o sujeito que necessita de apertar os tintins arranja outra pessoa para o fazer. Neste sentido, conheço apenas uma pessoa que o fez. Essa pessoa foi Luis Filipe Menezes e os tintins eram os de Pinto da Costa. Esta técnica de persuasão é extremamente complicada e são raras as pessoas que não se importam de apertar os tintins alheios.
Concluindo, o Arranha escolhe claramente a técnica Chico, visto que ter 10 anos não é nada mau. Dito isto, é pena que já não se encontrem compinchas para brincar com os Playmobil. Em suma, tenho de ter filhos rapidamente!!

P.S. Gostaria que alguma leitora/traidora-do-seu-género partilhasse o segredo do Aperta-Tintins permanente.

Tuesday, March 14, 2006

Maltosa Irritante nº1

O Arranha teve hoje o prazer de lidar com a maravilhosa burocracia portuguesa, algo que estimula o seu instinto de praticar o desporto da "má língua", uma bela prática, absolutamente fundamental para a boa higiene mental de qualquer cidadão.
Apenas num pequeno aparte, fiquei surpreendido ao verificar que todo pessoal da repartição de finanças do 8º Bairro de Lisboa, trabalhava incessantemente ao som de Pearl Jam. Aqui está uma medida governativa que induz a uma melhor performance laboral. Ao sonorizar estas divisões de "funções" públicas com música que não é do agrado dos trabalhadores estamos a fazer com que estes executem algo de absolutamente inovador na função pública, ou seja, que se mexam. (Mais uma generalização ignorante de um segmento da sociedade portuguesa)

Enfim meus amigos, passando finalmente à maltosa irritante (MT), fiquemos com alguns exemplos:
MI1) "Verde-Código-Verde". Estas três palavras perfazem a expressão mais irritante que podem proferir ao Arranha. Porquê? Porque por esta altura da vida, penso que já está enraizado na sociedade portuguesa a sapiência de como se paga com multibanco. Dito isto, o Arranha entende essa atitude como uma forma de retaliação por parte de quem trabalha no sector quaternário, ou seja, nos Serviços. Como sabemos, o português não gosta de servir os outros e sendo exactamente essa a função de quem trabalha em Serviços, eles fazem questão de no epílogo da nossa relação comercial ficar com a última palavra, proferindo as palavras "Verde-Código-Verde", que são um mero sinónimo de "És uma perfeita besta."
MI2) Todas as pessoas que gostam de Jack Johnson, Toranja e Dave Matthews Band. São,como já referi anteriormente, as bandas de eleição para os chamados meninos-bem alternativos. Sentem-se profundos e inovadores. Neste segmento da sociedade, o dos meninos-bem, prefiro um menino-bem convencional, castiço, amigo das touradas e do sapato de vela.
MI3) A malta que pede ajuda para fazer tarefas ridículas.
Há, em todas as familias, um espécimen destes, ou seja, uma "pessoa humana" (a expressão mais rídicula da língua portuguesa) que pede ajuda para tudo.
Há tarefas que são solitárias e ainda bem que o são.
Pedir ajuda para "pôr-a-mesa" do jantar para menos de 5 pessoas é um acto irritante.
Como outros exemplos, temos:
- "Ajuda-me a pôr o saco no lixo."
- "Ajuda-me a mexer o puré."
- "Ajuda-me a limpar o tacho."
- Etc
Em relação a este tipo de tarefas nunca se deve pedir ajuda ou afirmar a necessidade de ajuda. Deve-se sim proferir, questionando:
- "Podes pôr um saco no lixo, sff?" ou "Podes mexer o puré, sff?"
A malta do ajuda-me em tarefas básicas dá-me comichões.
MI4) A malta artística.
Este grupo engloba aquele tipo de pessoas que só gostam de ir a sitios que tenham cores que diferem entre o laranja e o rosa-choque. É aquela malta que só se senta em puff's e fala sempre numa tentativa de atingir a chamada Tusa do Esquisito (TE). A TE não é mais do que a esgrima efectuada pela malta artística, em busca de quem viu o filme mais esquisito ou conhece a musica mais esquisita, etc... Esta é uma malta que não interessa, nem ao menino Jesus, e olhem que ele é um miúdo paciente.
MI5) As meninas reféns do telemóvel.
Estamos a falar de uma tal dependência, que o telemóvel se torna numa extensão física da sua mão. São aquele tipo de meninas que não aguentam estar 5 minutos seguidos a conversar sem olhar para ver se alguém lhes ligou e neste sentido, segundo o poeta Arranha, servem unicamente para a prática de girassóis (ver crónica de Alterações ao Vocabulário Sexual Corrente).
MI6) Condutores Caninos.
São, por e simplesmente, aqueles condutores que gostam de andar a cheirar o rabo ao colega da frente.
MI7) Aquele tipo de pessoas que não têm inimigos e que não dizem mal de ninguém. Estes Normopatas apenas exaltam as qualidades e o lado positivo de todas as pessoas, situações ou objectos. Dizem coisas como "Gostos não se discutem." ou "Deus fez-nos todos belos e bons.", ou ainda, "A beleza interior é que conta." Este tipo de pessoas já morreu, antes mesmo de nascer.
MI8) Os Você.
O que dizer destas pessoas...
Pessoas jovens que se tratam uns aos outros por você. Penso que uma simples e plebe expressão caracterizará bem os Você. Essa expressão é... "O fundo do poço".
MI9)Os Lampiões quando ganham e os Tripeiros (apenas os adeptos do Pinto da Costa) em todas as ocasiões.
As razões são óbvias.

Em suma, se toda esta malta fosse fuzilada, o mundo seria um sítio mais harmonioso. Mas esta é apenas a opinião de um pequeno pacifista que se dá pelo nome de Arranha

Sunday, March 12, 2006

Apontamento Cinéfilo

Vejam o Brokeback Mountain. Bom filme.

Tuesday, March 07, 2006

O Preservativo

Podemos começar por dizer que este "agasalho sexual" é apenas discretamente aceite por uma sociedade que vê o sexo pelo prazer como algo irresponsável e imoral. Depois de mais uma bela generalização da sociedade da portuguesa, passemos então a uma abordagem crítica sobre o objecto em estudo.
Assim sendo, pensemos, objectivamente, sobre o objectivo deste objecto.
O Preservativo (P) serve o propósito de, no campo do politicamente correcto, prevenir doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes (que belos que são estes plurais em z). Numa óptica mais realista e menos politicamente correcta, o preservativo serve para algo muito mais importante...
Para fazer balões de água no Carnaval!
Apesar de toda a importância da actividade previamente mencionada, há algo ainda mais importante…
O retardar da ejaculação nos dias em que bastaria uma rajada de vento para que um cidadão, em tom de reminiscência adolescente, ejaculasse prematuramente.
Após compreendermos o verdadeiro objectivo do P,passemos à sua utilização.
Na óptica do Arranha, o preservativo deve ser usado apenas quando estritamente necessário. Porquê? Porque ele determina e prolonga a transição entre os preliminares e o acto sexual, o que, como sabemos, não é bem-vindo por duas razões. A primeira, prende-se com a suspensão do chamado clima de tensão sexual, que, em interrupções mais prolongadas, pode pôr em causa todo o processo de coito. A segunda, e mais importante razão, diz respeito à questão - inter-relacional à transição prolongada - da remoção do invólucro que secunda o dito preservativo.
Esta “acção remociva” (momento à la Joaquim Rita) é executada impreterivelmente com os dentes, o que tendo em conta o facto de que a visão e os reflexos do homem são afectados em 85% pela excitação sexual, torna o preservativo num meio contraceptivo com grandes possibilidades de não estar em condições óptimas quando envolve o nosso "compincha".
Dito isto, como deve ser resolvida esta questão?
Penso que todos estaremos de acordo que o uso de uma tesoura ou de qualquer outro objecto cortante não será adequado ao momento em que estamos como viemos ao mundo, logo, como diz povo “mais vale prevenir que remediar” e dessa forma dever-se-á proceder a remoção do ínvolucro do preservativo antes de qualquer acção preliminar. Esta remoção pré-Preliminares não é algo apoiado pela mulher, pois na sua mente perversa este acto irá ressoar à ideia de que o homem está no chamado Estado Convencido. Logo, mesmo que lhe apeteça fazer o amor físico, ela tirará mais proveito em desconvencer um convencido do que ter um orgasmo. Porquê? Porque as mulheres são um grupo de gente com mau fundo.
E é exactamente por esta razão que, por vezes, fingem orgasmos.
Ora, é exactamente neste segmento da sociedade sexual, o segmento dos falsos orgasmos, que o preservativo tem uma importância fulcral para homem. A bela invenção do preservativo permitiu igualmente ao homem fingir orgasmos, e assim sendo, contribuiu decisivamente para a emancipação do homem nesta temática. Como é óbvio, esta criação artística (o falso orgasmo) apenas será possível caso a menina não seja o cúmulo da bisbilhotice, ou seja, que a dita menina procure verificar o preservativo no final do acto.
Em relação ao culminar do acto sexual para homem, ou seja, a remoção do preservativo na casa de banho, esta acção levanta várias questões. A primeira é: Se se deve limpar o “amigo” após o retirar o preservativo?
O Arranha neste ponto é completamente inflexível.
A limpeza do “Joaquim Alberto” é acto de panasquice!
"Como está, é como deve ficar.", já dizia São Jeremias.
Quanto a vermo-nos livres do preservativo, esta questão depende se estamos em nossa casa ou numa casa partilhada.
Em nossa casa, o preservativo poderá permanecer no caixote do lixo da casa-de-banho apenas de um dia para o outro. Não mais do que isso, alerto ao leitor. Senão o cheiro activo do Homem-Mar (Sea-man) – vamos ver quanto tempo demorará o leitor a perceber este estrangeirismo - tomará conta desta divisão.
Numa casa partilhada, o melhor será colocar o objecto percursor de relações amorosas num saco de plástico e deixá-lo sorrateiramente no caixote do lixo do vizinho.
Finalmente e concluindo todo esta temática, quanto às marcas de preservativos, podemos verificar que as duas marcas que dominam o mercado pautam a sua política comercial por escolherem nomes que agradam quer ao homem quer à mulher. O homem busca conforto e masculinidade, a mulher busca segurança. Assim sendo, o nome Durex (marca de eleição para o jovem Arranha) dá ao homem o lado másculo, o lado duro à la Stallone (quando este inicia o último assalto de qualquer filme da saga Rocky) e à mulher a segurança de um duro que provem de duração e durabilidade, qual coelhinho Duracell. Como outro exemplo de bom marketing temos a marca Control, onde há diferenças ao nível dos objectivos em relação à marca Durex. Para o homem, o nome Control implica que ele controla a situação, ou seja, que domina a mulher. Para a mulher, o produto em causa controla o bom funcionamento das coisas, logo, ela já não se tem de preocupar.
Isto são exemplos de bom marketing preservatístico. Agora nomes como Harmony serão comparáveis a denominar-se uma marca de preservativos como os Preservativos Alegria. Até percebo a alusão a sentimentos como técnica de marketing mas será alguém realmente pensa em harmonia ou alegria quando está a fazer o Amor Físico?
Pensa-se é em palavras como Catrapumba.
Imaginemos então que existia uma marca de preservativos chamada de Catrapumba
Isso sim seria um sucesso.
Meditemos sobre isto…