Sunday, June 26, 2005

O cinema português

Concordo com o que disse Joaquim Almeida. Nós gostamos de chamar cinema português aos maus filmes que são feitos em Portugal. Em geral 97,5% são um completo desastre e porquê? Porque achamos que o cinema português tem que ser mau. O objectivo do típico filme português é o de não ser apreciado. De maneira que um mau filme na língua portuguesa acaba por ser uma boa obra de cinema português. Ainda não consegui assistir a bom filme português nos últimos anos. Também vou ser sincero, não procurei muito. Mal vejo os anúncios qualquer impulso que eu tivesse de ir, é automaticamente banido do meu corpo. Como cinéfilo, já me senti impelido a ver filmes do Manoel de Oliveira, mas por muito que me esforce por estar atento... dou por mim a pensar se conseguiria tocar com a língua no cotovelo. Estar a ver um pássaro dentro de uma gaiola durante 30 minutos (cena do Vale Abraão) é demais para mim. O meu limite em termos de observação de aves é de 8-9 minutos. Acho que os cineastas portugueses são pessoas cujo objectivo é tentar fazer filmes que as pessoas não vejam. João Cesar Monteiro levou esta ideia ao extremo, fazendo um filme com o ecrã vazio. Dou-lhe bastante valor pois com essa obra ele chegou ao climax do cineasta português. Por isso é que pouco depois faleceu... O seu objectivo neste mundo estava cumprido. Penso que, hoje em dia, qualquer jovem cineasta português acarreta esse sonho... o de levar pessoas ao cinema para verem o Nada!
O actor português também é uma espécie singular. Há qualquer coisa no actor português (generalização = erro) que faz com estes tenham exactamente a mesma expressão de gravidade quando a sua personagem diz:
- Já não há mais café
ou
- A tua mãe morreu
Para os actores portugueses, a gravidade de ambas as situações é a mesma.
Também não são ajudados pelos argumentistas. Os diálogos por estes feitos são absolutamente fenomenais. Como exemplo dou uma cena que vi. Esta constava de uma discussão entre dois amigos de 20 e poucos anos. Após uma troca calorosa de empurrões (mal ensaiados) e frases extraordinárias como:
- Vou-te magoar, dando-te murros e pontapés.
ou
- Aleijar-te-ei, meu cretino.
Seguiu-se a separação dos amigos, sempre feita por uma mulher histérica. Após a qual, um deles virou-se para o outro com o olhar carregado de sentimento, e disse.
- Vai-te catar
Nunca numa cena de cacetada em que tenha participado ou assistido ouvi alguém dizer vai-te catar. Mas tenho pena porque acho que ninguém conseguiria prosseguir, tal a galhofa.
Também tenho uma teoria acerca dos argumentistas dos filmes portugueses. Estes vivem nas Berlengas e só falam Berlenguês que é derivado do Português, mas não é bem a mesma coisa. Por isso é que aquilo que ouvimos nos filmes não é o que falamos. Se todos tívessemos consciência de que os filmes portugueses são escritos em Berlenguês, talvez os víssemos de outra forma.

Herman José – De grande a pequeno artista

Eu era um grande fã de Herman José. Quando vivi lá fora cheguei a pedir que me mandassem as cassetes com o Herman Enciclopédia, por isso estão a ver o grau de “nerd” que eu tinha atingido. Acho que a mudança do Herman para a SIC foi má para os fãs dele e a qualidade do seu humor tem baixado a olhos vistos. Não é que eu seja muito pudico, mas asneira sem conteúdo é pura brejeirice. Depois há lado gay que hoje teima em acentuar no seu programa. Não tenho nada contra os gays e se Herman José é gay, é porque sempre o foi. De maneira que o meu gosto pelo seu humor nada tem a ver com a sua orientação sexual. Tenho pena é que hoje em dia se centre nessa questão da orientação sexual. É como ouvir o Fernando Rocha mas versão gay. É pena, porque há uns anos seria uma heresia comparar Herman José a Fernando Rocha mas hoje em dia parecem-me fazer parte do mesmo tipo de humor. Tenho também a certeza que ainda hoje há cassetes VHS cheias do Hermanias ou do Tal Canal, o que de certeza não se passa com o Herman Sic. Por isso deixo aqui um apelo ao Herman. Resolve lá as tuas questões e volta ao tipo de humor em que eras genial.

Monday, June 20, 2005

Os arrumadores, a nova elite
As coisas já não são o que eram. Os tempos mudam e nós temos que acompanhar, mas há coisas que a meu ver não fazem sentido. A maior destas situa-se na área da arrumação de veículos.
Hoje em dia já começo a ver arrumadores de carros com bom aspecto.... Não gosto!
Quero ter a certeza que quando deponho a moedinha na mão do arrumador, que esta está suja.... Quero ter a certeza que essa moedinha não vai nem para alimentação, roupa ou cuidados de higiene.
Hoje em dia já se vêem arrumadores gordos, com dois ténis do mesmo par e cd’s na mão. O arrumador não deve poder sequer pensar em música. Ele deve viver sem música. (É uma posição que tem as suas vantagens, pois quem tem rádio pode ocasionalmente ter a infelicidade de ligar numa estação que esteja a passar Celine Dion... E como sabemos os danos por ela produzidos são irreversíveis)
Quero ver arrumadores bem chupadinhos, com barba de 5 meses e 4 dias e com aquele ar ensonado de quem teve uma bela noite de dormência assistida por estupefacientes.
A parte que eu gosto mais da arrumação de carros é quando estamos a estacionar num lugar que dava para 2 autocarros e vem o arrumador a correr como um verdadeiro Obikwelu para nos auxiliar. Ele chega invariavelmente quando estamos a retirar a chave da ignição. Há quem diga que a esses não se deve dar moedinha, mas penso que pelo esforço ele merece o nosso apreço.
Por outro lado, este tema dos arrumadores fez-me pensar que eles têm algo em comum com os tenistas. Se repararmos no movimento do braço ao arrumar carros, é o mesmo do ténis. Pelo que deixo a pergunta. Será que o inventor do ténis era um arrumador de carros?
Ser arrumador não é uma carreira para qualquer um. Também há descriminação. Mas neste caso não é por ser mulher, idoso ou jovem sem experiência profissional.... É pelo assobio. Os decibeis ditam o nível do arrumador, havendo desde Bacharel a Doutorado.
Parece-me que todos entendemos a dificuldade da vida do arrumador e as suas vicissitudes, mas penso que há um código de pobreza, sujidade e droga que deve ser respeitado.

Tuesday, June 14, 2005

Jack Johnson, o Pastor
Eu gostava de Jack Johnson. Nunca fui grande fã, mas tinha-o em boa conta. Mas hoje já não o posso ouvir. Ele é o novo pastor de um rebanho de fãs (e ao generalizar, estou obviamente a errar) que seguem sempre a moda. Sempre me irritaram as modas, até porque... e podem-me chamar elitista... estragam as coisas. Ainda me lembro quando o Ben Harper não estava na moda... ai sim, dava gozo ouvir aquelas músicas revolucionárias. Hoje em dia quando já se ouve as músicas dele na sede do PP ou em encontros religiosos...o que é que eu posso dizer... perdeu-se o sentimento. O que tem piada é que estas pessoas depois têm a necessidade de arranjar um rebanho alternativo, em que o pastor é em tudo igual ao do rebanho original excepto no nome. Acham então que têm um gosto extremamente ecléctico ao terem encontrado um gajo iraniano que canta exactamente da mesma maneira, conseguindo deste modo pseudo-diversificar a música que ouvem. Para além disso, eu não gosto de ter os mesmos gostos que certo e determinado tipo de pessoas. (Agora é a parte em que dizem que eu sou uma besta) Não é que os meus gostos sejam melhores ou piores, mas irrita-me que uma pessoa que adore o “Diário de Princesa 2” ou o “De repente, já nos 30” me venha dizer que gostou do Apocalypse Now ou do Padrinho. São para mim realidades incompatíveis. Chamem-me limitado ou convencido, mas há algo acerca deste rebanho que me irrita. De maneira que fiz aquilo que tinha a fazer, mudei de rebanho.

Monday, June 13, 2005

Portugal e a União Europeia
Hoje pus-me a pensar que estamos à 20 vinte anos nessa bela coisa chamada de União Europeia. Até me considerava bastante europeísta, mas depois começei a pensar sobre quem foram os grandes casos de pessoas com sucesso mediático em Portugal nos últimos 20 anos. Dois nomes vieram instântaneamente à cabeça e na sequência desse pensamento não pude de deixar de sentir algum desespero. Esses nomes eram.... Pinto da Costa e Alberto João Jardim.

Os jornais desportivos e o Sistema
Estes são os maiores casos de burla no país. Se houvesse uma multa por cada jogador que é erradamente dado como certo num clube, não haveria défice. Já devem estar a dizer... Este gajo é um extremista! Estão correctos. Quando vejo darem uma página inteira a Fernando Seara, na tentativa de que este articule letras de um modo lógico, penso que qualquer dia estaremos a ver José Castelo Branco a formar governo.
A meu ver os jornais desportivos são o SISTEMA de que tanto se fala. Mas eu não tenho quaisquer problemas em relação a isso... Eu sou um fã do sistema. Se não houvesse sistema, haveria paz. E paz é uma chatice. De maneira que faço minhas as palavras do grande filósofo George W. Bush: - O que queremos é guerra.
Por isso, admitamos... os jornais desportivos são a nossa novela. O relato da nossa guerra. Estamo-nos pouco importando para o que dizem sobre os jogos... Queremos é trafulhices, penáltis mal assinalados e árbitros corruptos.
O jogo é bom, mas é um prazer rápido, que funciona apenas como motor de arranque da parte que realmente interessa... O Rescaldo. Esta é a parte fundamental do espectáculo desportivo, em que esperamos ansiosamente por saber as reacções à arbitragem ou o estado da relação amorosa entre Luis Filipe Vieira e Dias da Cunha. Por falar em Dias da Cunha, ele é a meu ver o novo apóstolo de Jesus Cristo para a área do futebol. Ele desceu dos céus para desmantelar o sistema... E mais uma vez veio dar razão ao ditado: - Deus escreve direito por linhas tortas. Neste caso, Deus disse direito por cordas vocais tortas.
Por isso acho que devemos preservar o Sistema. Se o nosso campeonato fosse tão transparente como outros, teríamos que nos preocupar com coisas sérias, como o défice ou o tratado da União Europeia. O que são essas coisas em relação a saber quem é o substituto Trapattoni, pergunto eu.
Por isso tenho medo.... medo de que Pinto da Costa esteja cansado de fazer ilegalidades, medo de que Luis Filipe Vieira tenha aulas de português e medo de que ensinem a Dias da Cunha outras palavras que não sistema.



Santana Lopes , Vamos ter saudades dele
Parece-me que não devemos esquecer o que este homem nos deu. Muitos sorrisos pôs no nosso rosto, quer como dirigente desportivo, quer como político. O problema foi quando deram a este adolescente alguma responsabilidade. Ele bem tentou ter um ar mais sério, com a inserção de óculos no seu visual, mas o seu lado Batatoon falou sempre mais alto. Nunca me esquecerei das respostas incisivas que dava nos debates sobre o estado da nação.
(Deputado) – Então e o problema do défice?
(Santana) – O problema do défice é um problema grave, e é um problema que vamos ter de resolver. E porque é que o vamos ter de resolver, perguntam vocês. Porque faz mal aos portugueses. E como eu amo Portugal e os portugueses vai ser resolvido. O meu amor por Portugal é o que me faz mover e é com este amor...
Foi com esta aura de amor e carinho, e de que tudo se resolve com amor e carinho que Santana nos presenteou. Esta aproximação falhou devido ao pequeno problema de que nem todos somos as suas santanettes.
Outro exemplo da tentativa de Santanettização dos portugueses, era aquela formidável postura nos debates. Tenho uma teoria em relação a isso. Ela consiste que aquando dos debates, Santana imaginava que estava no balcão da Disco, a galar a prestável rapariga que o estava a servir. Mas a prestável rapariga eram neste caso os portugueses. E em vez de lhe perguntarem qual a bebida, lá iam chatear com o défice.
Penso, no entanto, que Santana ainda irá voltar, mais poderoso do que nunca, porque nada como uns cabelos brancos para dar credibilidade.

Saturday, June 04, 2005

Nuno Rogeiro, o B.A.
E porquê B.A. perguntam vocês... Primeiramente, alusivo a essa personagem complexa e cerebral do programa Esquadrão Classe A e depois porque Nuno Rogeiro é perito em Banalidades Adornadas. Ele acaba por ser um estado mais avançado da mutação sofrida pelos comentadores desportivos. As suas opiniões são verdadeiros hinos à proclamação da sapiência inútil. Num dos seus últimos programas abordava-se a temática de António Guterres ter sido nomeado como Secretário-Geral para os refugiados.
O pivot do programa perguntou então:
(Pivot) - Então Nuno, o que tem para nos dizer sobre este assunto?
(NR) – Acho que é importante para Portugal e António Guterres vai trabalhar com ######## (nome em inglês), que é professor do Wisconsin State University, tem 4 filhos, sofre de hemorróidas, perdeu a virgindade aos 22 e escolhe Durex como marca preferida na aplicação de prazer seguro à esposa.
Ou seja, assim ficamos a saber algo que ninguém sabia, mas cuja utilidade é completamente nula.
Outro dos segmentos deste programa é quando Nuno Rogeiro apresenta as suas escolhas musicais e as reproduz em estúdio. Nunca pode ser algo conhecido (normalmente é música vinda do Botswana ou Cazaquistão) ou que tenha qualquer encadeamento sonoro. Por diversão, fiz uma gravação que consistia no bater da porta do frigorífico enquanto estrelava um ovo com o exaustor ligado. Duas semanas depois era escolha de Nuno Rogeiro. Após ouvir a gravação em estúdio, apelidou-a de “prodigiosa sinfonia da sonoridade mundana.” Devo dizer que consegui vender dois exemplares do meu cd, um a Nuno Rogeiro e outro a Bárbara Guimarães. Aliás, não foi o primeiro cd que vendi a Bárbara Guimarães. Já lhe vendi também um álbum das melhores músicas do Batatoon, como sendo a última sinfonia que Beethoven tinha composto quando estava em estado vegetativo. Ainda em relação ao Nuno Rogeiro, penso que ao adornar a cabeça com aquele conjunto capilar à D'artacão perde toda e qualquer credibilidade.

Wednesday, June 01, 2005

O ANTI-MOURINHO

Este paralelo com o Anti-Cristo tem mais a ver com falta de sanidade da nossa sociedade, do que algo contra Mourinho. Presentemente, Mourinho é o novo Messias. Ele tem argúcia… ele tem arrogância… e provavelmente uma pila de meio metro, de modo que a qualquer coisa que lhe saia da boca tenha a validade de uma escritura. Quando o ouço dizer que tirou um jogador por este estar a jogar mal e vejo o ar de estupefacção das pessoas como que a dizerem: - “Este homem estudou”, afiro que, o que eu conhecia por senso comum está em vias de extinção. Será da gabardina?! Dizem uns… Penso que o grande segredo dele tem a ver com sua característica de pensar, algo que é quase inédito no mundo do futebol.

TONI, O grande comediante

É verdade, estou falar dessa brilhante cabeça adornada por um farfalhudo e cintilante bigode. Esse amigo das adegas e artífice do penúltimo título nacional do Benfica deixou-nos alguns dos maiores momentos da comédia contemporânea. Trata-se nada mais, nada menos, do que a extraordinária reportagem aquando da sua estadia no Oriente como treinador do Osaka Pim ou como o nosso amigo dizia, o Pato à Pequim. Ainda hoje as suas indicações fazem escola.
- Ping, joga curto com o Pong
- Chop suey, marca em cima
- Arroz Chao-Chao pressiona o Balbatanas de Tubalão
E especialmente… quem não se lembra do seu ar, de nariz vermelho, a dizer baixinho para a câmara… “Estes chinocas não pescam nada disto, eh eh eh”.
Enfim, muitas foram as pérolas que Toni nos deixou e parece-me que é apenas uma questão de justiça dar a conhecer este legado. Pelo que faço desde já o apelo à comercialização do DVD.

Homo erectus → Comentador desportivo → Homo Sapiens → Homo Sapiens Sapiens

Ai que bálsamo são os comentários de Rui Tovar ou Pedro Ribeiro. Foram claramente erros de casting.
Tenho a certeza de que o casting para comentador desportivo deve ser assim:
(Director de Casting) – Diga quantos erros de gramática, parvoíces e anormalidades é que consegue dizer num minuto?... E assim se chega aos nossos brilhantes comentadores.
Há que lhes dar o mérito de terem conseguido que a televisão se tornasse unidimensional, já que o intelecto deles induz a abolição do som, ou nos casos de o botão estar estragado, a que as pessoas procurem formas de surdez.
Quando ouço estes prodígios da língua portuguesa e da cirurgia futebolística, o assassínio já não me parece algo descabido.
Aqui fica a lista…

Inimigo nº1
Joaquim Rita
A este senhor e aos seus “apoiadores” (como ele gosta muito de dizer) desejo uma morte de lenta agonia.
Quando vejo aquela cabeça, bem protegida por um cabelo à Toni Carreira a dissertar sobre futebol, como algo “imperceptível aos extractos populacionais mundanos do globo terrestre” (É assim que ele fala), há algo de assassino que brota dentro de mim.
Deixo-lhe desde já um apelo… Que não me passe a frente do carro numa passadeira que eu não só o passo a ferro, como faço marcha à trás depois.

P.S. 1 Gostava de saber porque que é no fim dos jogos, não temos um prédio no meio do campo, com tanta zona de construção de que ele fala.
P.S. 2 Devo-lhe também alguma admiração… Ele nunca se cala, o que revela uma capacidade pulmonar fora do vulgar. Cheira-me que ele deve ter treinado apeneia em miúdo…

Inimigo nº2
Aqui é uma parelha. Constituída por dois comentadores da RTP Norte, um calvo reprimido (que só vê coisas a favor do Porto) e o António Fidalgo (que usa o mesmo visual de Joaquim Rita). Estamos aqui a falar das 2 pessoas mais facciosas da televisão portuguesa (conseguiram bater o peso-pesado Pôncio Monteiro). Apareçam cá em Lisboa e vão ver o que é que vos acontece.

Casos Isolados
- Eurico Gomes (Benfica-Lázio)
Este senhor protagonizou uma das melhores exibições, alguma vez vista de comentários parvos.
Tudo naquele jogo era a escola italiana.
Um jogador da Lázio dava um traque a meio campo… era a escola italiana.
O guarda-redes bebia água… era escola italiana
A barreira avançava quando os livres eram marcados e já sabem…
ERA A ESCOLA ITALIANA!

- Guilherme Aguiar
Esta situação ocorreu aquando do comentário sobre o Sporting-Porto deste ano, no programa o Dia Seguinte, e que revela a meu ver o potencial jurídico deste senhor.
A pérola interpretativa é que o jogador MacCarthy tinha dado uma cotovelada a Rui Jorge de modo a ganhar balanço para se levantar. Esta nunca tinha ouvido… mas merece um prémio pela imaginação.
Fica desde já o aviso a pessoas que jantem ao lado de Guilherme Aguiar, para terem cuidado quando ele se for a levantar, não vá ele usar a nova técnica de MacCarthy.

Menção honrosa
Vai para um comentador da Sportv que tem o dom de se enganar em 90% das vezes que diz qual o jogador que vai com a bola. Não o levo a mal e até é divertido.


Luís Filipe Meneses, o pequeno tarado

Há quem pague para ir às putas…
Há quem pague para fazer coisas esquisitas com elas…
Mas pagar 4 milhões de contos para beijar o rabo de outro homem é algo que nunca tinha ouvido.
Ora bem, foi isso que fez Luís Filipe Meneses. E ainda dizem que o Michael Jackson é um tipo excêntrico.
O que é verdade, é que o nosso Luisinho ofereceu um centro de estágio no valor de 4 milhões de contos ao FCP, em troca de poder beijar o rabinho de Pinto de Costa e estar de mão dada com ele nos jogos. Também podemos ver esta acção como uma extraordinária manifestação de desportivismo, já que ele é do Sporting.
Podia ser simplesmente um tarado honesto, mas não. Agora que Pinto da Costa está nas ruas da amargura já não é este rabinho que ele quer beijar.
Aqui temos o candidato à liderança ao PSD…


Os Descodificadores

Tou farto… já não vos posso ouvir! Semana sim, semana não, saiem livros, artigos a descodificar o Código da Vinci. E quem é que vos descodifica a vocês?!


O condutor português

O português médio sente-se pouco apto no campo sexual daí que depois de entrar num automóvel sente que é nessa altura que vai provar a sua masculinidade. A posição de condução é fundamental neste sentimento. Ficam aqui as indicações:
1º Um homem que conduza com as duas mãos no volante não é homem.
2º Sempre que esteja calor deve ter o cotovelo apoiado na sua janela, e a respectiva mão de fora, estando esta munida de um cigarro ou de um burrié.
3º A mão direita alterna entre vários departamentos, o rádio, a manete das mudanças e os tomates.
4º Deve estar bem fundo no carro de modo a não ver a ponta de um corno da estrada procurando assim o chamado efeito “ghetto”.
Em relação àqueles que se colam ao carro da frente, acho que estão na espécie errada, pois andar a cheirar o rabo é coisa de cães.

O Serviço público da pinta vermelha.

Porque é que as mulheres quando estão com o período não fazem uma pinta vermelha na testa?! Aqui fica a fundamentação. Esteticamente é algo já aceite como exótico. Funcionalmente seria alusivo ao sinal de trânsito, que igualmente neste caso, indicaria a cessação da marcha. Acho que estas pequenas mudanças na nossa cultura trariam uma maior cordialidade à nossa sociedade.

O Português Policial

Os polícias, tal como os comentadores de futebol não podem falar como o resto dos mortais. O ofício destas pessoas obriga-as a ver o mundo de outra maneira e isso reflecte-se na linguagem.

Situação real
Ia eu a sair do Estádio Universitário em Lisboa, de carro, sem cinto e a falar ao telemóvel quando paro no sinal. Sou então abordado por um agente que apareceu sem aviso, ficando com a cara estampada na minha janela.
A sua cara era severa, dilatada e enquadrada pelo inevitável bigode que quase parecia escorrer do nariz.
Desliguei o telemóvel e baixei o vidro. O ar frio juntamente com o bafio a febras, penetrou no meu carro.
E com um ar culpado proferi:
- Boa noite, Sr. Agente
- Boa noite.
Respondeu o agente de uma forma áspera e continuou.
- O senhor sabe o que fez?
Fiz o ar mais arrependido que conseguia, mas ele continuou.
- O senhor não deu passagem prioritária ao veiculo policial, numa situação de circulo fechado, está a falar num objecto de telecomunicações portátil com o veiculo em marcha e está isento de cinto.
Ao que eu respondi:
- Parece grave, quantos anos é que vou apanhar de cadeia, senhor agente?

O País dos fóruns
Somos o país dos fóruns. A malta adora aquilo!! E porquê?!! Porque podemos mandar vir à vontade, com alguém a ter que nos ouvir e só temos de pagar a chamada telefónica. Parece-me um excelente serviço público, quase tão terapêutico como ir à bola chamar nomes ao arbitro. O que é bom nisto dos fóruns é que há quase sempre um a decorrer, seja na radio, televisão ou internet, de maneira que se precisarmos de mandar vir e não estiver ninguém em casa, já sabemos. Caso não encontremos nenhum que nos permita rapidamente mandar vir, podemos usar sempre nº de informações da rede de telemóvel e inventar uma queixa (o problema desta opção reside em haver apenas um visado do queixume, o que dá menos prazer). Nos fóruns há também outra espécie de intervenientes. São as pessoas que ligam para lá com uma opinião válida, pensando que depois de demonstrar a sua brilhante argumentação, o vão convidar para comentador. Ninguém quer ver boas argumentações, queremos é insultos.

O mergulho e os CTT
Com a aproximação da época balnear, o chamado mergulho sem preliminares merece a minha atenção. Primeiro, o que é o mergulho sem preliminares? É aquele mergulho em que estamos à beira-mar a fazer ar de gajo duro (o “Mitch Buchanan Look”) e entramos como se não houvesse amanhã para dentro de água. Ora bem... isto nos filmes até resulta bem, mas é raro que o comum dos mortais saia a ganhar desta situação. Porém, nem tudo é mau nesta técnica. Não temos o penoso choque térmico tomatal (CTT, peço desculpa aos correios mas este fenomeno natural data de muito antes da existência do serviço postal), temos apenas o choque total e os tomates vêm por arrasto. Mas o CTT nem sempre é mau... Naqueles dias que um gajo está em baixo e pensa que a vida é uma merda... Pois bem, não há nenhum psicanalista que consiga o que um bom CTT consegue, o total esvaziamento da cabeça! Outra das grandes utilidades do CTT tem a ver com o TB (Tesão Balnear), que é umas das grandes preocupações do Verão. É, sem dúvida, o tratamento mais adequado a quem sofre de TB. Se por acaso a sua distância ao mar for superior à distância de segurança (distância em que se for rapidamente, o seu TB não será vislumbrado), mais vale abrir uma covinha e jogar ao prego humano.

P.S. O CTT pôs-me a pensar se haverá um homólogo para as mulheres. Não sei, mas será que é por isso que elas dão aqueles saltinhos... Fica no ar a pergunta