Wednesday, June 28, 2006

Os comenta-dores

Como o Arranha não dizia mal de nada há aproximadamente 15 minutos e 47 segundos, altura em que questionou - moendo o juízo de quem o circundava - a pertinência da lavagem de mãos pré-refeição, resolveu "mandar vir" com os comentadores desportivos. Esperem lá!... Esta história da lavagem de mãos não me saí da cabeça...
As pessoas executam-na religiosamente - sinónimo de mal e porcamente -, como se os micróbios na sua pequenez conseguissem ir desde a mão até à ponta do garfo ou faca. A distância entre micróbio e área em contacto com os alimentos foi calculada através do princípio geométrico de Manfiev (matemático búlgaro que ainda está para nascer) num demorado estudo executado em 2004 pelo Arranhiço. A distância que teria de ser percorrida pelo micróbio é, em média e conforme uma amostragem de 501 mãos, 784 talheres e 245453672987 micróbios (apenas os existentes na mão direita do Arranhiço), equivalente a uma deslocação à pé desde Foros da Catrapona (município do Seixal) até Ping-Choi-Pum (município de Seul). Dito isto, esta foi a primeira vez em toda a minha existência que escrevi a palavra talher, e tenho certeza que não estava sozinho nesta "virgindade", daí que toquem a escrevê-la... vão ver que é bom. Como o leitor decerto não saberá - e ainda bem -, a palavra talher vem do termo italiano tagliere , informação útil para impressionar em jantares. Para absorver mais sapiência erudito-masturbatória, é favor consultar todas as publicações de Nuno Rogeiro.
Com esta merda, ainda não comecei a escrever acerca do que era meu intento. Os comenta-dores.
Separei a terminologia pois permitia-me uma piada fácil, algo que o Arranha nunca diz que não. A piada fácil consiste num trocadilho alusivo à presente qualidade dos comentadores da Sportv, qualidade essa que é melhor caracterizada através da separação sob a forma dos dois mencionados termos (comenta e dores), consubstanciando-a - aqui, sim - de forma fiel aos sujeitos retratados.
Os comentários são tão maus que provocam dores de cabeça. Cá está a bela da piadola.
Piada feita, segue Arranhiço.
A Sportv optou por deixar de fora o meu inimigo nº1 no campo dos comentários "da bola". Estou a falar como é óbvio do enrabável (será demasiado forte?) Joaquim Rita. No entanto, parece que quem ficou, em termos de comenta-dores, frequentou um curso de cirúrgia futebolística leccionado por Joaquim Rita.
Primeiro ponto, transversal a todos os energúmenos, perdoem-me, comentadores, é: os termos ataque e defesa sairam de moda, estão OUT. A terminologia da moda é Processo Defensivo e Processo Ofensivo. Ai de quem diga "fulano está a atacar pela direita", leva logo com o SPEN (Sindicato Para Estupidez Nacional) em cima. O correcto será dizer "fulano está a processar ofensivamente pela direita".
Depois, para infelicidade minha, a construção volta a estar na moda. No entanto, ninguém está correctamente situado nas reais "zonas de construção", zonas essas cuja localização é desconhecida, à excepção claro, do próprio Joaquim Rita. Corrijo, Joaquim Rita e José Mourinho.
Este mundial é prova de como as zonas de construções são um oásis inatíngivel - em termos tácticos - para qualquer jogador:
Maniche, joga à direita da 1ª zona de construção
Deco, à frente da 1ª zona de construção e atrás da 2ª
Figo, pisa ocasionalmente a 2ª zona de construção (o que revela alguma experiência)
Enfim, lobbys...
Bem, passando à frente, uma das coisas que mais me tem divertido neste mundial são as pré-concepções de Toni Borrachón.
Aqui fica um exemplo.
Toni, antes do jogo de abertura, Alemanha-Costa Rica, decidiu que a Costa Rica tem uma boa organização defensiva, logo, será assim durante todo o encontro. Era curioso ver a Alemanha a ganhar 4-2 à Costa Rica - resultado que poderia estar nuns 8, caso os alemães tivessem a "pontaria" mais afinada - e Toni, sempre fiel à sua profética pré-concepção, argumentava incessantemente em favor da excelente organização defensiva da Costa Rica.
Depois há um novo termo, termo esse que emancipa uma certa panasquíce, muito para além do lencinho branco. Como é sabido, o Arranha não tem absolutamente nada contra a homossexualidade, pelo contrário, até a advoga a todas as crianças, animais, motoristas de taxi, alfarrabistas (estes, pelo nome, não precisavam) e mulheres da fruta. Mas panasquíce é que não.
Temporizar...
Temporizar!!!
Mas que merda é esta?!!! Questiono eu num tom absolutamente cordial.
Desde quando é que os homens temporizam?
Temporizar é sinónimo de "dar um tempo", uma expressão eminentemente feminina, que deriva da falta de capacidade de decisão ou de confronto por parte das mulheres. Um verdadeiro jogador da bola, não temporiza... Quando muito, age passivamente (marcando um ritmo mais lento de jogo) ou simula, tudo coisas de homem, agora temporizar é que não.

Meditem sobre isto... mas, por amor de Deus, não temporizem!

Prognóstico/Vaticínio/Presságio ou "Zandinga" moment

O Arranha vai usar os seus super-poderes de Níveaman para executar um breve mas mais que certeiro prognóstico sobre o futuro desenlace do Mundial 2006. O texto que se segue deve ser visto como o corão/biblia/pantagruel para qualquer utilizador do site betandwin.com.
Ora bem, sem mais demoras, aqui fica o futuro.
Quartos-de-final
Portugal-Inglaterra ; vencedor-Portugal
Brasil-França ; vencedor-França
Itália-Ucrânia ; vencedor-Itália
Alemanha-Argentina ; vencedor-Alemanha

Meias-finais
Portugal-França ; vencedor-França
Alemanha-Itália ; vencedor-Alemanha

Final
Alemanha-França ; vencedor-Alemanha

É verdade caros leitores, ainda não é desta. Por muito que vos custe, está fora das vossas mãos. Está nas mãos desse ente superior, um intelectual-de-esquerda-ou-direita-de-cima-e-baixo, o inevitável e corrompível Arranhiço.

Heil Deutschland!

Tuesday, June 27, 2006

O outro lado da arbitragem de Valentin Ivanov

Nas lides futebolísticas, a "carneirada" é um nómio que pela sua ruralidade deixou de ser utilizado - se é que alguma vez foi -, no entanto, em relação às várias - mas unânimes - opiniões acerca da arbitragem jogo Portugal-Holanda, parece-me uma terminologia mais do que adequada. Em todas as opiniões publicamente manisfestadas, a arbitragem foi considerada fraca. Discordo totalmente.
E prova de que tão má não pode ter sido, foi que ninguém sentiu uma clara parcialidade ao nível do critério, critério esse perfeitamente justificado.
Os jogadores das duas equipas, quer pelo historial recente, quer pela importância do jogo, quer pelas incidências do mesmo, tiveram um comportamento combativo, algo que não tem malícia (desde que não se trespasse a fronteira da combatividade para a violência) mas tem os seus custos ao nível da punição por parte do árbitro. Essa punição apenas poderia ter sido poupada se os atletas se retraíssem na combatividade, coisa que num jogo desta "tarimba" seria practicamente impossível ou desejável.
Primeiro ponto, o jogo em causa não foi violento. Teve inúmeras faltas graves mas de verdadeira violência, não teve nada.
Uma falta é merecedora de cartão vermelho directo se: for violenta ou se cortar uma jogada de golo.
Dito isto, a falta sobre Ronaldo é complicada. No tempo real de jogo, não me pareceu uma falta merecedora do cartão vermelho, contudo, após as repetições parece realmente tratar-se de uma falta violenta. Ainda assim, não me deixo de defender que o critério do árbitro se aceita perfeitamente. O lance é dividido e o contacto entre os atletas resulta de uma anticipação por parte de Ronaldo em relação ao defesa holandês. Se se observar atentamente a repetição, vê-se que o defesa holandês atinge Ronaldo no sítio exacto onde este "joga" a bola, o que atesta para uma intenção de jogar a bola. Com isto e repetindo-me, não digo que o cartão vermelho fosse desajustado, mas penso que para uma decisão efectuada em cima do acontecimento, aceita-se perfeitamente a decisão do árbitro.
Continuando, fala-se muito de que se o árbitro russo tivesse expulso o jogador holandês, o jogo teria sido um mar de rosas e nada de especial existiria no que se refere a indisciplina.
O que é factual e que contradiz esta teoria idiota, é que o resto da primeira parte, à excepção das infantilidades de Costinha, correu sem particular combatividade. Esta última começou com a perpectiva do passar do tempo, demasiado rápido para uns e demasiado lento para outros. Nessa altura, houve alguns empurrões e situações mais ou menos complicadas, em que a meu ver o árbitro apenas pecou pela não amostragem de um cartão amarelo a Cocu e um possível segundo cartão amarelo a Nuno Valente. Mas mesmo este último, parece-me duvidoso. Trata-se de um lance mais espectacular do que violento e mais uma vez, o pé de Nuno atinge Robben no sítio em que este entrou em contacto com a bola, algo que atesta por uma pretensa procura de jogar a bola e não o adversário.
Passando à frente, quanto aos dois lances dos quais resultou a expulsão de Deco, nada a apontar. No primeiro cartão, Deco "prega" uma rasteira intencional ao adversário, uma falta que - e muito bem - não deve ser considerada como uma acção violenta pois não visa pôr em causa a integridade física de quem a sofre.
Quanto ao segundo cartão, voltámos à bela mediocridade portuguesa ao atestar excesso de rigor, razão maior para o que - em termos gerais - está mal no nosso país.
Concluindo, aqui fica um pequeno sermão, os cartões não são para ser mostrados conforme a espectacularidade da falta - algo que promoveria os "Pintísticos" mergulhos -, baseiam-se sim, na gravidade da falta e no que ela interfere sobre a acção da equipa que a sofreu.
É pena que no início da competição a FIFA advogue a imposição de critérios rigorosos, para depois - por razões populistas - voltar atrás, aos tempos da velha "sarrafada".

Monday, June 19, 2006

Os Tomates do Padre Arranha

Este título embora sujestivo, revelar-se-á enganador ao leitor se este pensar que se trata de mais um texto combativo à religião. Pelo contrário, o Arranha - contestário feroz por natureza - toma hoje a liberdade de elevar o seu grau de contestatividade a um novo patamar, ao contestar-se também a si próprio e à sua argumentação, daí que este seja o texto em que se faz as pazes com várias das entidades que foram afrontadas/injuriadas pelo então a-elas-contestário Arranhiço.
Dito isto:
- a religião tem um papel um fundamental na organização da sociedade apesar de como em tudo na vida, ter um uso por vezes calculista e subversivo dos verdadeiros valores humanos
- Nuno Rogeiro diz coisas muito inteligentes
- Manuel Maria Carrilho e Santana Lopes são pessoas sérias que usam argumentos válidos e sustentados
- Carmona Rodrigues existe
- A Arranhona (minha inspirada progenitora) faz um bom peixe assado
Enfim... aqui ficam as mais importantes.
(Como é óbvio, a lista acima referida deverá ser lida em tom jocoso)
Porquê então "Os Tomates do Padre Arranha."?
Porque simplesmente "Os Tomates" seria grosseiro e o Arranha não é adepto de grosserias. Assim, neste tom mais Queirosiano, o Arranha reivindica uma certa qualidade literária, ou como diria São Jeremias, "truques de aldrabista".
Após esta pequena introdução, aqui ficam "os Tomates".
Primeiro, porquê tomates e não feijões, alperces ou maça-reinetas?
Não seria mais engraçado dizer "levei um pontapé nas minhas maçã-reinetas."
Talvez sim, talvez não.
Depois questionemos sobre o porquê de se separar os orgãos em masculinos e femininos e qual será o critério usado? Ao dizermos "a vagina" e "o pénis", parece-me óbvio que aqui há uma correspondência ao sexo de quem os transporta, o que me faz sentido, coisa que por exemplo já não existe com "o clitóris" ou com "a glande". Dito isto, quem terá decidido entre chamar "joelho" e não "joelha" ou "língua" e não "línguo", questiono eu.
questiono eu...
questiono eu...
Como também já estou a apanhar uma bela seca com este raciocínio, passemos à frente.
Porque é que se diz "as pernas" e depois se dizem "os pés" ou "os braços"?!!!! (uma pequena reminiscência, desculpem)
Devo-vos confessar que o Arranha acabou de descobrir o seu objectivo de vida. Esse contempla a compreensão da membronimia, uma área pouco estudada e cujo Arranha será oficialmente o primeiro Membronominólogo.
Passando à frente, o Arranha estava defronte do interessante jogo Arábia Saudita - Tunísia quando veio à sua mente a ideia de que como serão os tomates de Abdul Her-Bahri, serão melhores ou piores que os meus? Como é óbvio se isto tivesse realmente acontecido, o Arranha estaria a padecer, não de algo conhecido e diagnosticável mas simplesmente a padecer. Ora, o que realmente aconteceu foi que o Arranha achou por bem dar alguma atenção a algo mais interessante do que o jogo em causa, ou seja, aos seus tomates. Primeiro constatou aquilo que concerteza todos os leitores portadores dos mesmos já constaram, ou seja, que eles são distintos. Um é maior - neste caso o esquerdo - e está normalmente situado mais abaixo em relação ao eixo do ZZ's. Deu-se então início à contagem dos pêlos púbicos por cada espécimen tomatal. (o Arranha está roçar o limiar do estômago intelectual do leitor) Essa contagem revelou uma clara vitória do mais pequeno, 1893 pêlos do direito contra os 1645 do esquerdo. Esta questão revela a gritante imperfeição em basicamente todos os manguitos que são desenhados nas paredes, normalizando-os e tornando-os num mero produto de série.
Partindo dos tomates, o Arranha elevou o olhar aos seus peitorais, para também aí se aperceber de notórias diferenças (o direito tinha um chupão dado pela mulher da fruta e o esquerdo, não), diferenças outras que se repetiam quer nas naridas (sendo a esquerda, mais ampla) e nos olhos (o esquerdo vê melhor e pisca mais).
No entanto, a maior diferença situa-se ao nível das bochechas, onde há uma clara associação/inclinação política. A esquerda é escurecida (talvez pelo trabalho exterior), barbuda e demagógica. Ao invés, a direita é ariana, leitosa, fria e algo ignorante.
Nas diferenças enumeradas uma característica sobressai como comum a todas, a assimetria entre coisas que normalmente são representadas como iguais. Agora o que isto quer dizer, não sei e se querem que vos diga, também não quero saber.
Isto é que é reconfortante na escrita, não necessita de lógica, conclusão ou enredo. Talvez seja como um revirar os olhos, um reflexo da alma, um acto de fé.
E assim termina a homília de hoje.
Ide em paz e que os tomates - se os tiverem - vos acompanhem.

Saturday, June 10, 2006

Pedido recusado pela Nokia

O Arranha vem - tardiamente, devo acrescentar - partilhar com o amigo leitor e a amiga leitora, o seu pedido à marca de telemóveis Nokia. Como qualquer ser que tenha um telemóvel cujo fluxo financeiro é dependente de carregamentos, o Arranha aquando padece de escassez no saldo recorre a esse triste instrumento que se dá pelo nome de SMS. Ora, dentro do campo das SMS há uma bela invenção denominada "escrita inteligente" - coisa que o Arranha não gosta de exercitar neste espaço de intelectualidade reduzida -. Nesta época natalícia, houve - como aliás é hábito - um enxurrada de mensagens ridículas e repetitivas às quais o Arranha procurou responder de forma a que não se repetissem. Para além disso, o Arranha gosta de esplanar todo o seu prezar por coisas que valem realmente a pena desejar a quem gostamos.
Dito isto, a "escrita inteligente" - que poderia ser igualmente denominada por "escrita amorfa" ou mesmo "escrita religiosa", devido à ausência de termos técnicos como vagina, sarapítola ou mesmo jagunço - obriga a que tudo o que é palhaçada tenha de se resumir à palavra tomates, a única heresia autorizada por essa empresa censure de nome Nokia.
Daí que o Arranha, em tom de pequena retaliação, defenda a imediata substituição dos termos c_r_lh_ e f_d_r pela palavra Nokia. Daí que a partir de hoje se deva dizer "Ó Pinto da Costa, vai prá Nokia" e "Scolari, vai-te nokiar".
Como o leitor é uma pessoa lúcida já deve estar neste momento a perguntar duas coisas. A primeira consiste no porquê de estar a ler esta triste crónica de origem inevitalmente rebuscada, rabuscada e ribuscada.
A segunda consiste na questão de que esse rebuscar acenta na dúvida sobre a ignorância do aqui presente escriba, ao não saber que se pode escrever sem ser no modo "escrita inteligente". Ora, se de um modo geral o Arranhiço não soubesse que se podia redigir ou compor uma peça de "escrita não-inteligente", não tinha iniciado este blog. Agora, se num telemóvel há escrita inteligente e se ela é prioritária em relação à "escrita letra-a-letra" quando se chega à redacção de mensagens, então quem é o Arranha para infringir o bom funcionamento do mundo das SMS.
O Arranha poderá, quando muito, fazer meras observações quanto ao melhoramento desse mesmo serviço. E é exactamente nesse estatuto que aqui ficam algumas das palavras que o Arranha gostaria de ver adicionadas à "escrita inteligente".
- Gang Bang
- Prepúcio
- Gilberto
- Otorrinolaringologista
- Luke Skywalker
- Conan
- Gajedo
- Pilinhas
- Mr Miyagi

Foram estas apenas algumas das palavras que me fizeram falta nas mensagens das festividades da passagem de 2005 para 2006.
Assim já não pude mandar as seguintes SMS:
Para a avózinha - "Querida avózinha Arranhilnia, espera que contes com muitos Gangs Bangs em 2006 com o teu novo amiguinho que é parecido com o Mr. Miyagi. Boas Festas, Arranha"
Para um amigo homessexual (para o leitor mais atento pode parecer que o génio literário se enganou ao escrever home, mas é opinião do Arranha que dois ó's representam uma dose de testosterona inexistente no sujeito em causa) - "Caro amigo Gilberto, espero que esse teu novo amigo otorrinolaringologista seja um verdadeiro Conan na vossa coboiàda. Se ao invés, te calhou um Luke Skywalker, vais ver que ainda voltas à demanda do Gajedo. Um bom 2006, cheios de pilinhas para ti."

Quanto à palavra prepúcio, é um termo que admiro de forma particular e que seria - na minha humilde opinião - um excelente substituto ao já tão banalizado beijinhos .

Adeuzinho, prepúcios e abraços

Sunday, June 04, 2006

Um Dia no Estágio da Selecção Angolana

Como todos os blogs deste país decidiram fazer um post cronológico sobre o dia-a-dia da selecção portuguesa, o Arranha achou por bem dedicar-se à selecção angolana.
8h30 - Toca a sirene na penitenciária municipal de Luanda, local de estágio da selecção angolana, para que os jogadores acordem.
8h31 - Mantorras vai à porta da sua cela e grita "Deixem dormir Mantorras!!!!"
9h00 - Mantorras chega à cantina para tomar o pequeno e grita "Deixem sentar Mantorras!!!!"
9h05 - João Ricardo, o único mestiço na selecção de Angola, pede um galão. Os companheiros, de café escuro à frente, olham de soslaio para ele.
9h20 - Mantorras vai à casa-de-banho
9h25 - Love (jogador do AS Aviação) começa a bater na porta da casa de banho.
9h26 - Mantorras, aos berros, profere "Deixem cagar Mantorras!!!!"
9h57 - A equipa começa a entrar no autocarro.
10h08 - Mantorras, que chegou em último por ter estado na casa-de-banho, faz birra e grita "Deixem guiar Mantorras!!!!!"
10h12 - Joãozinho, central do 1º de Agosto e matulão de 1m98 e 118Kg, sai do autocarro e dá uma catanada na mão de Mantorras.
10h13 - Mantorras pede uma mãozinha ao Joãozinho para subir para o autocarro.
10h27 - Fofana e Jojo, sentados ao lado de Mantorras pedem para que este não fique chateado, pedido este que é retorquido por um "Deixem amoar Mantorras!!!!!"
10h33 - João Ricardo começa a contar anedotas de pretos.
10h34 - Todo o autocarro explode em gargalhadas com as anedotas de João Ricardo
10h37 - O autocarro passa por um túnel e os restantes jogadores e comissão técnica apercebem-se pelo reflexo nas janelas de que são pretos.
10h38 - As gargalhadas pararam
10h39 - João Ricardo é pronunciado morto pelo médico da selecção, o Dr. Lóló.
11h15 - A equipa angolana chega ao campo de treinos.
11h30 - Mantorras entra no balneário, atrasado como sempre, e afirma perante todos os seus colegas que o balneário cheira a catinga.
11h42 - O balneário irrompe em gargalhadas com a piada de Mantorras.
12h00 - A equipa entra em campo, já equipada.
12h52 - A comissão técnica apercebe-se de que está num campo basquetebol.
12h54 - Mudança da equipa para um relvado adjacente.
13h56 - Comissão técnica apercebe-se de que se esqueceu das bolas no autocarro.
14h00 - Intervalo de almoço
16h00 - Começa o 1º treino
16h02 - Acaba o 1º treino. A comissão pondera e chega à conclusão que está muito calor.
18h00 - Começa o 2º treino.
18h54 - Comissão técnica apercebe-se de que faltam as balizas.
19h17 - Balizas instaladas no campo
19h19 - O corpo de João Ricardo é pendurado numa das balizas.
19h20 - O treino consiste em tiro ao alvo no corpo de João Ricardo
19h53 - O corpo de João Ricardo permanece intocado.
19h55 - Começa a peladinha (treino livre)
19h57 - Mantorras tenta uma finta e perde a bola. Mantorras grita "Deixem fintar Mantorras!!!!"
20h15 - Acaba o 2º treino
20h30 - A equipa entra no autocarro.
20h45 - Mantorras entra no autocarro e diz que este cheira a catinga.
20h57 - O autocarro irrompe em gargalhadas com a piada de Mantorras
4h53 - O autocarro chega à penitenciária e a equipa entra no edífico
5h42 - A comissão técnica olha pela janela e apercebe-se de que está em Maputo (Moçambique).
5h43 - Soa a sirene de alarme para os jogadores acordarem
5h44 - Mantorras chega à porta e grita "Deixem dormir Mantorras!!!!"