Thursday, March 23, 2006

Declaração amigável

O Arranha vai levar a cabo a sua primeira história infantil, algo que tem sido com frequência adulterado pelos tempos modernos, ou seja, em que a tradicional mensagem de paz e amor se esbate na violência e corrupção dos nossos dias.
Ora bem, após esta breve introdução, comecemos a nossa história.
Era uma vez uma menina de bonitas tranças chamada de Agóra Naodá. Agóra vivia em prados verdejantes, pontuados de florzinhas amarelas que ronronavam ao bater do vento.
- Até agora tudo bem com esta história -
Pena é que a pequena Agóra cresceu e não se sentia feminina nos propósitos sexuais... Menina de vontade, a pequena Agóra, encarou a situação com uma coragem ímpar e dirigiu-se ao Dr. Wolfgangberger, autoridade máxima no campo da transsexualidade, e proferiu: "Quero ser um rapaz, Sr. Dr!"
Após verificar que a menina Agóra jogava bem matraquilhos, a fundamentação médica para a intervenção cirúrgico/hormonal estava obtida.
E assim, Dr. Wofgangberger acedeu e tornou o sonho de Agóra real.
Posto isto, Agóra passou a ser um rapaz altivo e esbradiado de nome...
Olegário Benquerença
- para quem passou pela palavra esbradiado sem questionar o seu significado, aqui vai... esta palavra não tem qualquer significado mas é opinião do Arranha que a sua sonoridade transmitirá na perfeição ao leitor a fisionomia do ser humano mencionado -
Dando um salto no tempo,com o passar dos anos Olegário Benquerença tornou-se num perfeito filho da p.... (atenção! o último ponto é um ponto final)
Agora que já consegui transmitir bons valores a todos os leitores e leitoras infantis, passemos aos graúdos.
Dito isto, o Arranha está à vontade para confidenciar ao leitor que a recente conduta de Olegário Benquerença o pôs meditar sobre a questão do aborto. Porquê?
Porque a partir de ontem, o Arranha passou a defender o Aborto até as 1934 semanas (idade actual de Olegário). Aliás, o Arranha, pessoa humana que se preocupa em fundamentar cientificamente e partilhar todas suas opções e argumentos, procurou saber junto da mãe de Olegário o que esta pensaria acerca da demoníaca proposta abortiva do Arranhiço.
Para seu espanto, a chorosa velhota entoou em plenos pulmões:
"Vamos a isso, chouriço!!"
Estranhando o modo receptivo como a mamã Benquerença tinha recebido a dita proposta, o Arranha questionou:
-"Porquoi, ma cherri?" (de referir que por esta altura o Arranha já tinha tido relações sexuais com a mamã Benquerença)
-"Porque eu tentei mas não me deixaram. Aliás, foi em sinal de protesto com o facto de eu não poder abortar que o denominei de Olegário."
Dito isto, e mais uma vez pensando numa fundamentação, agora jurídica, o Arranha deslocou-se à Torre do Tombo e tomou conta do facto de que aquando do ano de nascimento do pequeno Olegário era pratica comum chamar-se Olegário às crianças não desejadas.
A lei dizia:
" Artigo 9º
Reconhecimento de herdeiros e práticas de substituição à interrupção voluntária da gravidez
Pode ser requirido ao governo vigente o reconhecimento da denominação de Olegário e apenas Olegário por forma a que a entidade paternal demonstre publicamente a sua discordância pela fecundação obtida"
Ao ler estas palavras, o Arranha chorou, assoou-se e voltou a chorar.
É apenas normal que Olegário seja um filho da p..., depois de tudo o que passou nesta vida. E é na busca de um futuro melhor e numa aura de compreensão e redenção que o Arranha procurará, através da sua nova proximidade familiar, influenciar Olegário com os seus indubitáveis valores. Ou seja, como padrasto de Olegário Benquerença.

P.S. 1ºprémio, para a crónica mais fundamentada de que há memória.

1 Comments:

Blogger b' said...

deixa lá, não fiques assim ;))

o vitória vai vingar-nos e vais ver as belas amêndoas que vamos oferecer aos dragões!!!

@:)
b' aka lagartixa

4:43 PM

 

Post a Comment

<< Home