Tuesday, March 07, 2006

O Preservativo

Podemos começar por dizer que este "agasalho sexual" é apenas discretamente aceite por uma sociedade que vê o sexo pelo prazer como algo irresponsável e imoral. Depois de mais uma bela generalização da sociedade da portuguesa, passemos então a uma abordagem crítica sobre o objecto em estudo.
Assim sendo, pensemos, objectivamente, sobre o objectivo deste objecto.
O Preservativo (P) serve o propósito de, no campo do politicamente correcto, prevenir doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes (que belos que são estes plurais em z). Numa óptica mais realista e menos politicamente correcta, o preservativo serve para algo muito mais importante...
Para fazer balões de água no Carnaval!
Apesar de toda a importância da actividade previamente mencionada, há algo ainda mais importante…
O retardar da ejaculação nos dias em que bastaria uma rajada de vento para que um cidadão, em tom de reminiscência adolescente, ejaculasse prematuramente.
Após compreendermos o verdadeiro objectivo do P,passemos à sua utilização.
Na óptica do Arranha, o preservativo deve ser usado apenas quando estritamente necessário. Porquê? Porque ele determina e prolonga a transição entre os preliminares e o acto sexual, o que, como sabemos, não é bem-vindo por duas razões. A primeira, prende-se com a suspensão do chamado clima de tensão sexual, que, em interrupções mais prolongadas, pode pôr em causa todo o processo de coito. A segunda, e mais importante razão, diz respeito à questão - inter-relacional à transição prolongada - da remoção do invólucro que secunda o dito preservativo.
Esta “acção remociva” (momento à la Joaquim Rita) é executada impreterivelmente com os dentes, o que tendo em conta o facto de que a visão e os reflexos do homem são afectados em 85% pela excitação sexual, torna o preservativo num meio contraceptivo com grandes possibilidades de não estar em condições óptimas quando envolve o nosso "compincha".
Dito isto, como deve ser resolvida esta questão?
Penso que todos estaremos de acordo que o uso de uma tesoura ou de qualquer outro objecto cortante não será adequado ao momento em que estamos como viemos ao mundo, logo, como diz povo “mais vale prevenir que remediar” e dessa forma dever-se-á proceder a remoção do ínvolucro do preservativo antes de qualquer acção preliminar. Esta remoção pré-Preliminares não é algo apoiado pela mulher, pois na sua mente perversa este acto irá ressoar à ideia de que o homem está no chamado Estado Convencido. Logo, mesmo que lhe apeteça fazer o amor físico, ela tirará mais proveito em desconvencer um convencido do que ter um orgasmo. Porquê? Porque as mulheres são um grupo de gente com mau fundo.
E é exactamente por esta razão que, por vezes, fingem orgasmos.
Ora, é exactamente neste segmento da sociedade sexual, o segmento dos falsos orgasmos, que o preservativo tem uma importância fulcral para homem. A bela invenção do preservativo permitiu igualmente ao homem fingir orgasmos, e assim sendo, contribuiu decisivamente para a emancipação do homem nesta temática. Como é óbvio, esta criação artística (o falso orgasmo) apenas será possível caso a menina não seja o cúmulo da bisbilhotice, ou seja, que a dita menina procure verificar o preservativo no final do acto.
Em relação ao culminar do acto sexual para homem, ou seja, a remoção do preservativo na casa de banho, esta acção levanta várias questões. A primeira é: Se se deve limpar o “amigo” após o retirar o preservativo?
O Arranha neste ponto é completamente inflexível.
A limpeza do “Joaquim Alberto” é acto de panasquice!
"Como está, é como deve ficar.", já dizia São Jeremias.
Quanto a vermo-nos livres do preservativo, esta questão depende se estamos em nossa casa ou numa casa partilhada.
Em nossa casa, o preservativo poderá permanecer no caixote do lixo da casa-de-banho apenas de um dia para o outro. Não mais do que isso, alerto ao leitor. Senão o cheiro activo do Homem-Mar (Sea-man) – vamos ver quanto tempo demorará o leitor a perceber este estrangeirismo - tomará conta desta divisão.
Numa casa partilhada, o melhor será colocar o objecto percursor de relações amorosas num saco de plástico e deixá-lo sorrateiramente no caixote do lixo do vizinho.
Finalmente e concluindo todo esta temática, quanto às marcas de preservativos, podemos verificar que as duas marcas que dominam o mercado pautam a sua política comercial por escolherem nomes que agradam quer ao homem quer à mulher. O homem busca conforto e masculinidade, a mulher busca segurança. Assim sendo, o nome Durex (marca de eleição para o jovem Arranha) dá ao homem o lado másculo, o lado duro à la Stallone (quando este inicia o último assalto de qualquer filme da saga Rocky) e à mulher a segurança de um duro que provem de duração e durabilidade, qual coelhinho Duracell. Como outro exemplo de bom marketing temos a marca Control, onde há diferenças ao nível dos objectivos em relação à marca Durex. Para o homem, o nome Control implica que ele controla a situação, ou seja, que domina a mulher. Para a mulher, o produto em causa controla o bom funcionamento das coisas, logo, ela já não se tem de preocupar.
Isto são exemplos de bom marketing preservatístico. Agora nomes como Harmony serão comparáveis a denominar-se uma marca de preservativos como os Preservativos Alegria. Até percebo a alusão a sentimentos como técnica de marketing mas será alguém realmente pensa em harmonia ou alegria quando está a fazer o Amor Físico?
Pensa-se é em palavras como Catrapumba.
Imaginemos então que existia uma marca de preservativos chamada de Catrapumba
Isso sim seria um sucesso.
Meditemos sobre isto…

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