Wednesday, February 22, 2006

Alterações no Vocabulário Sexual Corrente

O macho, no que se refere ao sexo, é uma criatura extremamente simplória. Daí que a maneira de o excitar seja consideravelmente mais básica do que a da mulher e que o seu orgasmo seja bastante menos duradouro.
Continuando nesta temática, podemos afirmar, generalizando, que o homem no seu estado primário (adolescência) gosta de praticar diferentes posições sexuais visando apenas um objectivo.
Impressionar os amigos.
Ora bem, se esta conduta de partilha com os amigos pode não ser reprovável em relação a sexo casual, já em relação a sexo conjugal é diferente.
Neste aspecto, o Arranha opta por nunca tratar a entidade feminina como um mero objecto de vanglória para com os amigos. No entanto, isto não quer dizer que não se confidencie algumas ocorrências que sejam humorísticas, como por exemplo: “E enquanto ela tirava o soutien, sem querer, destravei o carro e fomos contra uma árvore.”
Ora bem meus amigos, isto são o tipo de confidências que, a meu ver, não há mal em partilhar pois não acarretam consigo uma carga ordinária depreciativa da mulher. Dito isto, também poderão ser debatidas questões cientificas em relação ao normal funcionamento da “menina” aquando do acto, como por exemplo: “Ó Zé, achas que é normal que ela goste de ‘fazer o amor’ a ouvir Canto Gregoriano?”
No entanto, se repararmos atentamente no vocabulário sexual, verificaremos que este está estruturado de forma a tornar mais grosseiro o acto do amor físico.
Se os homens fossem um pouco mais cavalheiros nos termos que utilizam para definir algumas posições, talvez conseguissem que as mulheres as praticassem com mais frequência.
Enumeremos então possíveis mudanças:
1) Broche – Este termo, de sonoridade rude, é, para quem não saiba, o termo vulgarmente usado para definir a prática de sexo oral ao elemento masculino. Ora, bastará ao leitor proferi-lo em alto e bom som neste momento – então, já proferiu? - para perceber que este termo estaria mais adequado ao brinde com vodka executado por halterofilistas russos depois de mais uma vitória nos Jogos Olímpicos. É verdade que se contarmos aos amigos que a rapariga X nos fez um broche pareceremos muito machos mas é opinião do Arranha que a partir de uma certa idade, entre amigos, já não há a necessidade de andar a “medir a pilinha uns dos outros”, logo, como adultos o que nos interessará é a libertação mental da mulher para a execução do mesmo acto. E assim sendo, o Arranha propõe a imediata adopção do termo gatinho em substituição ao rude broche. Porquê? Porque ao dizermos “Querida, não queres experimentar fazer um gatinho?” vamos parecer seres sensíveis e queridos.
2) Minete – Este termo, de sonoridade incómoda, é, para quem não saiba, vulgarmente utilizado para descrever a prática de sexo oral ao elemento feminino. Ora, a este termo não será necessário introduzir qualquer alteração porque ao homem não interessa a “etiqueta” destas coisas. O homem quer é executá-las. Ou seja, até podia ser chamado de Lambe-lo-Clit (perdoem-me o mau gosto mas este termo foi criado por um dos mais distintos cavalheiros que habita neste país) que o maior problema seria para a mulher e não para o homem.
3) Canzana – É neste termo que jaz, sem dúvida, um dos piores vocábulos que o homem alguma vez inventou para uma posição sexual. Acho que até seria melhor dizer que se quer fazer de Elefantada, Cavalada, etc (já que os elefantes e os cavalos o fazem da mesma forma que os cães) do que se dizer de Canzana. Não sei ao certo porquê, mas penso que será aquele z na sílaba do meio que dará uma conotação ordinária mais acentuada à expressão. Sendo assim, o Arranha propõe que este termo seja imediatamente alterado para Girassol. Qual seria a rapariga que se recusaria a fazer de Girassol? Até porque houve muitas delas que, seguramente, se mascararam de girassóis na infância, logo, não haveria a tal malícia que tanto as atormenta.
4) 69 – Este termo parece-me uma boa opção para esta posição. Primeiro, porque ilustra na perfeição o grafismo do acto e depois, porque se há coisa que é despojada de qualquer sentimento, é a matemática. Logo, nenhuma conotação ordinária poderá ser retirada do número. Por outro lado e pensando na questão gráfica do número 69, o Arranha colocou a questão do porquê de se dizer sempre 69 e não 96. Ora, a resposta a esta pergunta é simples... porque não pode haver troca de posições. O homem tem que ficar por baixo e a mulher por cima, senão, na posição inversa, iremo-nos deparar com incómoda situação em que, ou o elemento masculino está de traseiro espetado para cima ou a “pequena” está a engasgar-se. Penso que estaremos todos de acordo que qualquer uma delas não será muito agradável.

Pois bem, caros leitores aqui ficam as sugestões do Arranha para esta temática. Como é óbvio, estas mudanças serão apenas aplicáveis em alturas em que se está a praticar o amor querido. Para sessões de trungalhunguice pura o vocabulário original é mais do que adequado.

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