Wednesday, December 21, 2005

As meninas não podem gostar (publicamente) de sexo

Esta afirmação resulta de um demorado estudo que o Arranha levou a cabo ao questionar várias meninas, senhoras, estas maduras ou idosas, sobre o acto sexual. O inquérito consistia na simples e solitária questão, “Gosta de fazer sexo?”.
A pergunta referida teve como feedback as mais variadas reacções, entre elas sorrisos, agressões, descomposturas, etc... mas nunca um simples sim.
Como é do conhecimento público, a única mulher que comprovou cientificamente não gostar de sexo é a ex-ocupante do 10, Downing Street, Margaret Thatcher.
Ora se a questão não foi posta a este bastião da frigidez, porque será que as inquiridas nunca se sentiram à vontade para demonstrar a sua estreita relação com a actividade sexual?
Porque não podem.
E porque é que não podem?
Porque a maioria das mulheres como seres sensíveis que o estereótipo nos diz serem, não podem afirmar publicamente que lhes apraz bastante a ocasional sessão de “trungalhunguice”.
Ao invés, penso que todos estaremos de acordo acerca da réplica dada por membros do sexo masculino à mesma pergunta.
“Sim!!” Diriam em plenos pulmões...
“Quanto mais, melhor!” Diriam os mais necessitados...
Assim sendo, qual será a origem da abissal diferença de atitude na afirmação pública do gosto pelo sexo?
Até podia entrar na velha discussão social do porquê de se chamar engatatão ou garanhão (ou qualquer outro animalónimo comprovativo de masculinidade) a um homem que tem muitas mulheres e puta se acontecer o oposto, no entanto, esta discussão parece-me mais ligada ao compromisso do que à questão sexual em si mesma.
Ora, em relação à questão sexual, continuamos a perpetuar, especialmente no nosso país, que a mulher não pode demonstrar publicamente o desfrute do acto sexual.
Passemos então a um exemplo que penso explanar bem a questão da afirmação pública do gosto pelo sexo.
Imaginemos que um casal de namorados, composto por Aníbal Cavaque Silva e Manuela Legre (nomes fictícios), estava a passar o Natal numa pousada em Venda da Gaita. Agora imaginemos que sem estes saberem, todas as suas actividades conjugais tinham sido filmadas por uma câmara escondida. Recorrendo mais uma vez ao instrumento da imaginação, fabriquemos a pseudo-realidade de que essa mesma película era divulgada e de que nela estavam contidas cenas em que a Manuela se demonstrava extremamente apta para o desfrute do coito. Decerto que seria classificada com o adjectivo “ordinária” pela maior parte das pessoas, já Aníbal sairia incólume. Aliás, em regra geral, qualquer rapariga que seja filmada durante o acto sexual está sujeita a ser vista como ordinária, a não ser que a sua interpretação se paute por um ar de cadáver a ser autopsiado.
É opinião do Arranha que esta é uma gritante injustiça social, sem dúvida retrógrada nestes tempos de cultura democrática (expressão muito em voga). Como resultado disso devo referir que, como cidadão, sinto um obeso pesar por este estado de coisas.
Dito isto, sou completamente a favor do correcto e fervoroso desfrutar do acto sexual por parte da mulher e devo-vos dizer que o Arranha já tem provas dadas nesse campo. (Que aldrabista!)
Indo mais além, não tenham dúvidas caros leitores, que até as nossas avózinhas, entre o seu tricot e a feitoria dos seus suculentos Vauls aux Vents, desfrutaram de belas sessões de “trungalhunguice” com os nossos avôs.
Esta é uma imagem que não é bem-vinda, eu sei.... mas penso que seria ao aceitar esta realidade que estaríamos a receber a mais importante lição de educação sexual e esta consiste, a meu ver, que cabe a cada um saber o que é normal para si e de que tudo é normal desde que seja praticado de comum acordo.
Esta temática transporta-me para a importante questão da educação sexual e devo dizer que em relação a este assunto possuo uma resposta rápida e eficiente para todos os problemas que assolam o desabrochar sexual dos petizes. Uma proposta vanguardista que me parece que nem os holandeses estão preparados para a sua implementação.
Na óptica do Arranha, a educação sexual deveria consistir num vídeo dos progenitores a praticarem o desporto rei.
Chocados?
A fundamentação desta medida consiste na necessária desmistificação do acto sexual. E para isso deve-se filmar não um acto ensaiado, em que os participantes estejam reprimidos mas sim uma bela sessão de ruff stuff paternal. No entanto, o liberalismo do Arranha tem limites e assim sendo, não haveria cá grandes planos de coisas que não vale a pena a ver. Este filme serviria apenas o propósito de nos libertar de grande parte das pré-concepções acerca de como deve ser a nossa conduta ou a do parceiro/ra. Concluíndo, cada pessoa tem o seu à vontade e a sua linguagem sexual. (Momento Júlio Machado Vaz)
Penso que é exactamente devido a estas pré-concepções que as “meninas” têm receio de afirmar publicamente o gosto pela prática do sexo, logo, há que emancipar também este aspecto na mulher, até porque esta seria uma emancipação amplamente apoiada pelos elementos do sexo masculino, onde eu próprio me incluo.

1 Comments:

Blogger 605 Forte by CPiteira said...

eu gosto. n gosto é dessa cena de diferenciação de sexos masculino e feminino... por favor... há raparigas com mentalidades mais semelhantes a rapazes do q a raparigas e vice versa... anyway femininismo e machismo só na cabeça dos próprios...

7:28 AM

 

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