Saturday, October 01, 2005

Filmes eróticos com os pais

Pelo título, podem achar... “agora é que o gajo se passou” ou “desta é que este filho-da-mãe ultrapassou todos os limites do razoável”...
Mas não! Ainda não é hoje que o Arranha se vai debruçar sobre esse mundo de terror que é apanhar os nossos progenitores em plena progressão. Pior ainda seria falar sobre filmagens do mesmo acto. Esse debate ficará para outra ocasião...(no entanto está mais próximo do que vocês imaginam).
A temática sobre a qual o Arranha se vai debruçar hoje será a do visionamento em conjunto (pais e filhos) de filmes que contenham cenas eróticas.
Por muito adulto que me torne (algo ainda a acontecer...), penso que nunca me sentirei à altura de encarar com normalidade o estar na sala em família a observar uma bela cena de barabim-barabum.
Penso que estas cenas podem ser desfrutadas apenas em 4 ocasiões: 1) no escurinho do cinema. 2) em casa, sozinho. 3)em casa, com amigos e; 4) em casa, com a namorada.
De qualquer maneira, nunca, mas nunca, será bom ou sequer normal disfrutar uma cena erótica acompanhado dos paizinhos.
Na noite passada, antes de sair para mais uma tertúlia... foi-me perguntado por um familiar (o progenitor masculino, mais conhecido por pai) se não daria nada de jeito na televisão.
Acerquei-me do guia televisivo e verifiquei que daria um filme (que eu nunca tinha visto anteriormente) chamado “O Carteiro toca sempre duas vezes” com um jovem Jack Nicholson e uma ainda mais jovem Jessica Lange.
Como ainda não estava exactamente na minha hora de partida, sentei-me para observar o filme que tinha aconselhado. Todos fitávamos com extrema atenção a película em causa...
Eis senão quando, surge uma bela cena sexo, e quando digo isto não estou a falar daquelas de amor querido, em que tudo acontece muito lentamente ao som da musiquinha...
Aquilo era mesmo uma bela sessão de ruff stuff em cima da mesa da cozinha, com grandes planos da floresta tropical (era um filme do fim dos anos 70 ou principio dos anos 80) e gemidos lascivos quanto baste.
Durante toda essa “gemideira”, não se respirou naquela sala... aliás, asseguro-vos de que senti na pela uma leve brisa de mau estar e inconveniência.
Eu estava com uma vontade de rir tal, que se tornava difícil suster... mas aguentei-me estoicamente em silêncio.
Este silêncio foi finalmente quebrado por uma voz grave proveniente do pater familis.
- "Este filme é um bocado arrojado, filhinho. Não há aí uma coisa mais soft ?"
Nesse momento fiz um pequeno “zapping”, no qual encontrei essa bela película de seu nome “Nove Semanas e Meia”(que eu tinha visto várias vezes, como qualquer homem que na sua infância esteve apaixonado pela Kim Basinger) e disse:
- "Este já deve ser melhor."
Deixei nesse canal e fui à minha vida.
Neste momento devem estar a pensar... o gajo é danado.
Dito isto, não sei o que ocorreu depois mas o que é um facto é que o meu pai, na manhã seguinte, estava extremamente sorridente e chegou mesmo a piscar-me o olho.
Resta saber que se o “Nove Semanas e Meia” não deu origem uma romântica noite amor no domus (hoje estou numa de latim) do Arranha. Fica no ar porque seja como for não quero gastar nem mais um pensamento nessa matéria...

P.S. Ainda em relação a esta temática, um dos meus hobbies favoritos quando era mais novo, era pedir à minha avózinha para fazer “zappings” ao fim de semana à noite para ver qual seria a sua reacção quando passasse pelo canal 18. São momentos que recordarei sempre com um sorriso.
Este Arranha era, nesta altura, um gajo execrável.

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