Wednesday, April 19, 2006

Despertador - 7h

Há quem diga que "Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer." Se dá saúde e faz crescer, isso é algo que o Arranha não sabe. Agora, que provoca uma actividade cerebral altamente discutível, lá isso, não tenho dúvidas.
Assim sendo, o Arranha gostaria de partilhar com os leitores um exemplo de uma auto-conduta, resultante de se ter de levantar a horas impróprias para qualquer mente evoluída.
7h - Tocam os vários despertadores.
Estes encontram-se colocados em sítios de difícil acesso, por forma a provocar uma morosidade no acto de serem desligados. Como complemento a esta prática, são espalhados pionezes (será que está bem escrito?) no chão, criando um verdadeiro "campo de minas" que servirá o propósito de "minar" o sono ao Arranha.
Após toda uma sinfonia - da qual o Arranha é maestro - constituída por toques de despertadores, gritos lancinantes de dor e objectos em queda... vem um silêncio que precede a entrada no WC.
Normalmente, ou seja, quando o Arranha se levanta depois das 8h30, a entrada no WC já conta com uma actividade cerebral que ronda os 20-25%. No entanto, às 7h quem estará suficientemente lúcido para fazer uma estimativa correcta? Eu não.
Passando à frente, o Arranha chegou a um local que numa primeira instância lhe pareceu uma casa de banho. Dentro desta crença, viu-se livre das suas vestes e preparou-se para penetrar na banheira... Mas algo estava mal no reino da Dinamarca.
Para seu espanto, no local onde se encontrava não existiam os importantes - para a lavagem corporal - iténs das torneiras, do chuveiro ou até mesmo da banheira.
Algo intrigado, o Arranha moveu o seu olhar para a esquerda e vislumbrou 12 botões brancos com as inscrições dos números 1 a 12 na sua face.
Ainda mais intrigado, o Arranha moveu novamente o olhar, agora um pouco para cima dos ditos 12 botões, e aí, deparou-se com um nome reluzente.
Esse nome era Otis e estava bem secundado por uma bonita e poética frase, "Limite: 350 Kg (5 pessoas)".
Foi com estes dois pequenos momentos de iluminação que o Arranha, pessoa inteligente que é, percebeu que se encontrava num objecto semi-público de mobilidade vertical, mais conhecido por Elevador.
Mais esclarecido, o Arranha pegou nas suas vestes e dirigiu-se, agora com "Norte", para a verdadeira WC.
Chegando lá, pousou as roupagens, e penetrou com um pequeno tropeçar para dentro da banheira.
Seguidamente, começou a esfregar os tom...
Queriam saber o resto, não era?!
Bem, volvidos 10 minutos de lavagem, o Arranha levantou a inevitável questão, banal a qualquer pessoa que se levanta às 7h da manhã.
"- Será que já lavei o cabelo?"
Olhando para a "auguinha" que ladeava os seus pézinhos, o Arranha buscava a verdade que só a presença ou não de bolhinhas brancas pode descortinar. Não chegando a nenhuma conclusão, o Arranha, prosseguiu a lavagem como se ela tivesse começado nesse instante.
Saindo com uma toalha de rosto à volta da cintura, o Arranha sentiu-se frágil e apanascado. No entanto, esta aura de mariquice foi interrompida - ao deitar a toalha para cima da cama, ficando nu - por uma questão que apenas surgirá a quem se levanta às 7h da manhã.
Essa questão era:
"Quantos centímetros ganharei eu de pila, se rapar os pêlos púbicos?"
São estas questões filosóficas... questões que jazem na vanguarda do conhecimento e da percepção... que apenas surgem quando se está no estado mental de quem acordou às 7h da manhã.

2 Comments:

Blogger Eu said...

Eu já ouvi dizer q ás 6.30 da a grande questão que alvora na mente dos que rompem a lógica do descanso é:
Será que o universo é mesmo infinito ou Deus não passa de alguém que não consegui emprego na TVI?

;)

1:43 AM

 
Blogger alyia said...

Decididamente tu às 7 da matina és altamente filosófico...
Diz-me só duas coisas:
isso é congénito ou foi panacada?
isso dá-te muitas vezes ou é mesmo só às 7 da matina?
lol

4:28 PM

 

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