Tuesday, April 11, 2006

Talvez seja verdade...

O Arranha, homem de infinitos recursos no que diz respeito à captação de informação ocultada ao público em geral, vem mais uma vez partilhar um pedaço de história que à sua pessoa chegou.
Este pedaço de história diz respeito à bonita e nada polémica temática da religião imoral, perdoem-me, religião e moral. Ora, o pedaço de papel em causa é, nada mais nada menos, do que uma transcrição de uma reunião dos apóstolos de Jesus Cristo, reunião essa que teve lugar em 31 d.c. no Centro Comercial Imaviz.
Não irei descrever o documento na íntegra pois isso levaria a que o leitor entra-se num estado de sonolência complementado por um inevitável fluxo de baba activado pela gravidade.
Dito isto, comecemos pelo facto mais importante que é comprovado por este documento. Esse facto diz respeito à denominação do idolatrado messias. Durante todos estes anos pensou-se que o nome do messias era Jesus Cristo... Nada mais errado. O verdadeiro nome de Jesus Cristo era Walter Samuel.
Walter da mãe, Samuel do pai.
Continuando, foi decidido pelos apóstolos, numa primeira fase de concepção da história, que o nome Walter Samuel não era adequado como marca registada para a prática de milagres ou já agora, para a mensagem de Deus, daí que tenha sido adoptado o nome Jasus. É verdade meus amigos, é nesta descoberta que percebemos como todas as velhinhas que proferiam as palavras "Ai Jasus!" estavam certas.
Ora bem, para semi-espanto do próprio Arranha, está neste documento a prova de que Jasus é de facto uma figura mitológica. Jasus não é mais do que o primeiro super-heroi! Heroi este criado pelos chamados apostólos. Dito isto, o Arranha pesquisou e chegou à curiosa realidade de que a tradução para hebraíco da palavra apóstolo é, nada mais nada menos, do que Marvel.
Tudo se começou a encaixar a partir desta descoberta e mais ainda, após verificar o diálogo que de seguida irei transcrever.
" São Pedro - Ouçam lá. O que é que vocês acham de ele ter sido picado por uma abelha e começar a ter riscas amarelas e a picar até à morte os maus?"
São Lucas - Lá começa este gajo com a mania de que todos os herois foram picados por alguma coisa. Caro amigo, primeiro, o amarelo está completamente fora de moda, para além de dar um ar um bocado amaricado ao tipo e segundo, ninguém quer ver um tipo a picar outro até à morte.
São Mateus - O Lucas tem razão pá. Acho que o melhor é ele ser um tipo aparentemente normal do tipo Super-Homem. Ou seja, ele já nasceu com os poderes... finge mas é que não os tem para se poder misturar com o resto da maltosa terrestre. (plágio a Tarantino, este São Mateus sempre me pareceu um bluff)
São João - E ele começa logo a fazer milagres?
São Pedro - Não pá. No outro dia vi um filme muita giro que se chamava "De repente, já nos trinta!" e lembrei-me que o Jasus podia ser desse género, ou seja, quando começa a parte porreira dos super-poderes, ele já tinha trinta anos. Até porque não acredito que a malta mais velha seguisse com atenção as aventuras de um puto de 13 anos a fazer milagres. Para isso já bastou o "Spy Kids".
S.J. - Tens razão, Peter. Bem, ó Marcos inventa lá aí umas cenas porreiras como introdução aos super-poderes do Jasus.
São Marcos - Epá, acho que as cenas de curas vendem sempre muito bem e dão logo um ar de que ele é um tipo catita. Por mim, começavamos por curar um cego, um leproso e um lampião.
S.Pe. - Ó Marcos, esta merda tem que ser minimamente credível. Curar um lampião é coisa que ninguem vai acreditar. Esses gajos nascem tortos e hão-de morrer tortos. E se fosse um paralítico?
S.Mc. - Acho isso um bocado repetitivo mas como tu és um gajo porreiro, eu cedo.
S.Pe. - Tás muito querido pá, o que é que se passa contigo?
S.Mc. - Comi umas costeletas de porco e tou com uma azia do caraças. Aliás, digo-te uma coisa, se vejo um cabrão de um porco (adoro estes insultos a animais, bem ao jeito de cabra da cadela ou porca da vaca) à minha frente, atropelo-o com a minha nova carroça Strakar.
S.Pe. - E se metessemos o Jasus a fazer qualquer coisa a uns porquinhos?
S.J. - Gosto dessa ideia. No outro dia também comi uma Carne de Porco à Alentejana que não me caíu muito bem.
São Paulo (o mais sádico de todos os apóstolos) - E se o Jasus os afogasse?
S.Mt. - Lá vem este gajo com as cenas sádicas...
S.Pa. - Não era ele com as próprias mãos que os afogava. Eles é que se afogavam a si próprios... tipo suicídio suíno. Já estou a ficar excitado com esta ideia.
S.J. (sorrindo) - Não existes Paulo, mas realmente é uma ideia a ponderar.
S.Mc. - Eu apoio a ideia do Paulo!
S.L. - Epá, essa coisa da água deu-me a ideia de que Jasus podia respirar debaixo de água.
S.Mc. - Essa merda já tá muito vista. Ou queremos fazer alguma coisa de inovador ou não vou estar aqui a comprometer a minha integridade criativa.
S.J. - Lá começas tu com essas paneleirices artisticas... Tem calma pá, o Lucas disse que era uma possibilidade mas não é algo final. Sinceramente, Lucas, acho que o Marcos tem razão porque até o panasca do Homem da Atlântida, já tem esses poderes. Temos que arranjar algo novo que ainda ninguém tenha feito... mas por outro lado, a ideia da água agrada-me.
S.L. - E se Jasus andasse sobre a água?
S.Mc. - Agora sim, caro amigo, isso já é uma ideia digna de um gajo como deve ser. Mas só andava ou também corria?
S.L. - Andava, corria, saltava, epá... o que tu quiseres!
S.Mc. - Mas se quisesse, mergulhava?
S.L. - Claro.
S.Pe. - Epá, lembrei-me agora que o tipo também tem de ter o seu Kryptonite, ou seja, qualquer coisa a que ele não seja imune.
S.J. - Ele não é imune a nada porque essa cena da imunidade já passou de moda, o que tá a dar são gajos que têm que as mesmas fraquezas que os homens mas que depois se transcedem para ultrapassá-las. Só assim é que as pessoas se vão identifcar com o nosso heroi.
S.Mt.- Vê-se logo que este gajo é do Norte, carago. Jota, não tás 99% certo, tás 100%.
Todos os outros acenam afirmativamente com a cabeça.
S.Mt.- Ouve lá, ó Lucas, esse jarro que tá ai ao teu lado tem o quê?
S.L. - Só água, caro amigo, só água...
S.Mt. (suspirando) - Transformar água em vinho... isso é que era um milagre como deve ser.
S.J. - E quem é que ia acreditar nisso?
S.Mt. - Ninguém. E daí, talvez até houvesse uns quantos."

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