Monday, July 31, 2006

Debrucemo-nos sobre o messenger...

O Messenger, criticado por muitos, é um instrumento de relacionamento social indispensável. Especialmente no campo aliciante do virtual. Virtual, digo eu, porque em nada altera a real relação das pessoas.
Até podemos estar já em fase de "e agora estou-te a morder as nádegas, chantilly e etc" no messenger mas quando na realidade pedimos a laranjada (algo que o Arranha anda ressuscitar, a par da limonada)à menina dos sumos (a mesma menina do messenger) e lhe piscamos o olho, ela retorque: "Tem alguma coisa no olho, senhor?". E assim se cai na cruel realidade de que a nadega e o chantilly eram virtuais.
- Graças a Deus porque a nádega e o chantilly platónicos sabem sempre melhor. -
Por outro lado e comentando de forma construtiva, o messenger tem uma função interessante no que respeita à transferência de dados, à troca de duas ou três palavras com um/uma compincha, à discussão de receitas de cozinha e finalmente, a minha favorita, chatear.
Nada me dá mais gozo do que o mais puro chatear no messenger. Mandar toques, perguntar a uma pessoa que está em claro stress profissional se gostaria de ver o José Cid a praticar auto-amor, partilhar que HOJE É DIA DE PASCOAL (com batatas a murro... com batatas a murro...), enfim... toda uma panóplia de instrumentos de chateação cujo Arranha se revela mestre.
Às vezes um simples Bom Dia Dia Dia Dia Dia Dia... So Fia Fia Fia Fia Fia Fia... surte o efeito desejado.
No entanto, há uma coisa que o Arranha não gosta neste instrumento de comunicação. É a falta de imaginação das palavras que seguem o nome (ou o nick, na estupidificante linguagem informática). Há quem ponha réclames a blogues, como é o meu caso, um símbolo para a afirmação "olhem, vão ali".
Depois há aquelas pessoas que põem coisas indecifráveis do tipo: Gineco Evax Top Senhor-dos-Aneis Bolachas-Oreo, ou seja, o tipo de pessoas que estão a dar cabeçadas no computador.
De seguida, ficamos com os chamados Livro Abertus que não são mais do que pessoas solitárias que partilham connosco a sua felicidade ou infelicidade, do tipo: "Triste pelos libaneses" ou "Orgulhosa pelo meu Cão", ou ainda, "Que felicidade, mandei uma na noite de ontem".
Finalizando, temos ainda os Viajantes, que usam frases-tipo como "A caminho dos Açores" ou "De volta de Amsterdam".
Ora bem, em relação a todos estes grupos, o Arranha tem algumas sugestões ou meros elogios a fazer.
Quanto aos amigos que têm os nomes dos respectivos blogues à frente aconselho vivemente a adição da palavra Evite, como em Evite Pequenoarranha.blogspot.com... é "trigo-limpo", vai ter mais leitores do que alguma vez pensou. O português é um ser que adora experimentar ou experienciar tudo o for a evitar.
Quanto aos das mensagens indecifráveis, admiro-os profundamente. São o futuro da tão afamada intelectualidade portuguesa e da masturbação intelectual que tanto prezo.
Quanto aos Livros Abertus seria interessante levar a coisa ao extremo. Exemplo: "Antónia, de vibrador em punho!" ou "Zé Manel, coçando o esquerdo" ou ainda, a expressão que seria mais banal a todos os utentes masculinos da internet, "José/António/João/Pedro/Nuno/Afonso/Carlos/etc , alegramente a ver pornografia"
Quanto aos Viajantes, seria informação mais interessante saber que eles estão:
a) "a caminho de comer ovo-mole que está ali no frigorífico"
b) "de volta de uma bela sessão de regabofe com a porteira"
ou ainda c) "a caminho de pôr a roupa suja na marquise"

Coisas simples, sem malícia, corriqueiras e logo nisso, mais interessantes e instrutivas sobre a pessoa em causa.